O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,31% nos preços em janeiro, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de dezembro ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava alta de 0,47% no mês.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em janeiro. O destaque absoluto foi o grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês. Houve uma forte aceleração contra o mês anterior (0,54%), o que trouxe impacto no índice geral de 0,32 ponto percentual (p.p.).
Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração, de 0,53% em dezembro para 0,24% neste mês. A refeição subiu 0,32%, enquanto o lanche teve alta de 0,16%.
Alimentação e bebidas: 1,53%;
Artigos de residência: 0,26%;
Transportes: -1,13%;
Despesas pessoais: 0,56%;
Comunicação: -0,03%.
O grupo Transportes registrou deflação em janeiro, com alívio no preço das passagens aéreas e combustíveis. O grupo registrou queda de 1,13% no mês, e teve contribuição negativa no índice geral, de -0,24 p.p.
As passagens aéreas, que haviam sido o destaque positivo do mês anterior, registraram o maior impacto deflacionário no IPCA-15. Com recuo de 15,24% no mês, tiveram impacto negativo de -0,16 p.p. no índice.
Os combustíveis, subgrupo que ajudou a elevação de preços nos últimos meses, também teve um recuo importante, de 0,63%. Caíram os preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%). Apenas o gás veicular registrou alta, de 2,34%.
Já em Habitação (0,33%), houve baixa da energia elétrica residencial (-0,14%). Segundo o IBGE, foram incorporadas alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), desde 1º de janeiro, além de apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), vigente desde novembro.