O Brasil perdeu dez posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, segundo informações divulgadas nesta terça-feira pela entidade Transparência Internacional. Conforme o jornal Folha de São Paulo, o País registrou 36 pontos na avaliação, ficando na 104ª posição.
Na escala global, o índice apontou ainda um para um enfraquecimento do sistema judiciário e do Estado de Direito. A média mundial ficou estacionada em 43 pontos pelo 12º ano consecutivo, considerando que o índice vai a zero, indicando o país mais corrupto, e pode chegar a 100, classificando a nação como a mais íntegra. O Brasil estava com 38 pontos na última análise e perdeu dois, chegando aos atuais 36.
Os 36 pontos alcançados em 2023 representam um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo também da média dos BRICS (40 pontos) e ainda mais distante da mediana dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos).
Falta de independência entre poderes
Questão das emendas do Centrão
O IPC aponta que a "decisão do STF que decretou a inconstitucionalidade da distribuição secreta, desigual e discricionária do orçamento público por meio do mecanismo do orçamento secreto não impediu o Congresso e o governo Lula de encontrarem rapidamente um arranjo que preservasse o mecanismo espúrio de barganha, que manteve vivos velhos vícios aperfeiçoados durante a gestão Bolsonaro".
O pilar social é um ponto de melhoria significativa do atual governo em relação ao anterior, expressa o IPC. A participação da sociedade, um marco dos governos petistas, voltou à agenda do país, junto com mais mecanismos de transparência.