Curitiba - 05/04/2024 21:28 (atualizado em 05/04/2024 21:39)

Morre na prisão homem que cortou corda de trabalhador pendurado em prédio

Segundo a defesa, o homem era dependente químico e havia sido internado compulsoriamente antes do crime
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O homem preso preventivamente após cortar a corda que sustentava um trabalhador que limpava a fachada do prédio, morreu na madrugada desta sexta-feira (5) na cadeia, no Paraná. Segundo a defesa, ele era dependente químico e havia sido internado compulsoriamente antes do crime.

A Polícia Penal do Paraná informou que o homem, que estava custodiado desde o dia 27 de março em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, foi internado na quinta-feira (4) com dificuldades respiratórias. O Hospital Angelina Caron informou o óbito por volta de 1h30 da manhã desta sexta.

A Polícia Penal disse que fará diligências administrativas para apurar a morte.

Os advogados haviam entrado com pedidos de habeas corpus para que o cliente fosse internado em uma clínica particular para tratamento, mas não foram atendidos pela Justiça. Eles alegavam “risco iminente de morte” e exigiam “urgência na manifestação da Promotoria” diante da “gravidade da situação”. Os defensores apontaram “insensibilidade” do Ministério Público diante dos pedidos.

“Hoje, dia 5 de abril de 2024, o pedido da defesa para que o caso fosse corretamente tratado não com prisão, mas, sim, como um caso de doença que necessita de tratamento, perdeu seu efeito. Raul veio a falecer. Os fatos falam por si. Uma pessoa que era acusada de um crime tentado, teve na falta de sensibilidade a sua sentença de morte”, afirmam os advogados na nota.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra Pelegrini no dia 25 de março, 11 dias depois da ocorrência, em que Pelegrini foi preso em flagrante.

Entenda o caso

O homem de 41 anos, morava na cobertura de um prédio em Curitiba e cortou a corda do limpador a uma altura de 18 metros. O trabalhador Maik Gustavo da Silva só não caiu pois usava um dispositivo de proteção que evitou a queda.

“Primeiramente veio um ‘branco’ na cabeça, porque a gente não espera que a gente venha a cair a qualquer momento. Assim que tive a noção e a ciência que eu estava preso pelo trava-quedas, minha primeira conduta foi fazer a transferência de corda. Eu uso um equipamento de segurança modelo de rapel. Consigo soltar o meu equipamento da corda em que eu estou descendo e mudar para outra corda. Foi o que eu fiz. Fiz uma ascensão, que é o que a gente faz para poder subir um pouco mais, para cima, pra eu poder aliviar o meu trava-quedas. Tirei o meu trava-quedas e desci até o 6º andar até chegar no chão”, explicou Maik.

Antes da ação, o homem ameaçou outros trabalhadores no local com uma faca, afiando-a com uma lima. Segundo Leonardo Gonçalves, limpador da fachada do prédio, o criminoso gritou que cortaria a corda dele. “Nisso ele sai, por alguns segundos, e volta com a corda do Maik cortada e joga até a janela onde eu estou e fala que vai cortar a minha corda”, relatou.

Fonte: SCC
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