O homem preso preventivamente após cortar a corda que sustentava um trabalhador que limpava a fachada do prédio, morreu na madrugada desta sexta-feira (5) na cadeia, no Paraná. Segundo a defesa, ele era dependente químico e havia sido internado compulsoriamente antes do crime.
A Polícia Penal do Paraná informou que o homem, que estava custodiado desde o dia 27 de março em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, foi internado na quinta-feira (4) com dificuldades respiratórias. O Hospital Angelina Caron informou o óbito por volta de 1h30 da manhã desta sexta.
Os advogados haviam entrado com pedidos de habeas corpus para que o cliente fosse internado em uma clínica particular para tratamento, mas não foram atendidos pela Justiça. Eles alegavam “risco iminente de morte” e exigiam “urgência na manifestação da Promotoria” diante da “gravidade da situação”. Os defensores apontaram “insensibilidade” do Ministério Público diante dos pedidos.
“Hoje, dia 5 de abril de 2024, o pedido da defesa para que o caso fosse corretamente tratado não com prisão, mas, sim, como um caso de doença que necessita de tratamento, perdeu seu efeito. Raul veio a falecer. Os fatos falam por si. Uma pessoa que era acusada de um crime tentado, teve na falta de sensibilidade a sua sentença de morte”, afirmam os advogados na nota.
Entenda o caso
Antes da ação, o homem ameaçou outros trabalhadores no local com uma faca, afiando-a com uma lima. Segundo Leonardo Gonçalves, limpador da fachada do prédio, o criminoso gritou que cortaria a corda dele. “Nisso ele sai, por alguns segundos, e volta com a corda do Maik cortada e joga até a janela onde eu estou e fala que vai cortar a minha corda”, relatou.