O Spotify, uma das principais plataformas de streaming de áudio, deve prepara um reajuste no preço dos serviços e mudanças nos seus planos de acesso. Segundo informações da Bloomberg, a empresa tenta alcançar estabilidade financeira e atrair novos públicos.
De acordo com fontes internas, a empresa planeja elevar os preços em mercados-chave, incluindo Estados Unidos, Austrália, Paquistão e Reino Unido. Por enquanto, o Brasil não está na lista da empresa para o aumento de preços.
O aumento de US$ 1 (cerca de R$ 5) a US$ 2 (cerca de R$ 10,01) por mês será implementado até o final de abril.
Essas mudanças refletem uma estratégia mais ampla do Spotify para diversificar sua oferta de entretenimento, expandindo para além da música. Após anos focado principalmente em música, a empresa tem se aventurado no mundo dos podcasts, e, mais recentemente, em audiolivros e vídeos.
A justificativa por trás do aumento de preços é a necessidade de cobrir os custos dos audiolivros, um serviço introduzido no final do ano passado e que se tornou popular entre os usuários. A empresa oferece aos assinantes até 15 horas de audiolivros por mês no plano premium, e os preços mais altos visam equilibrar essa nova oferta.
Além do aumento de preços, o Spotify também anunciou o lançamento de um novo plano básico, que oferecerá música e podcasts por US$ 11 (aproximadamente R$ 55,03) mensais, excluindo os audiolivros. Esta mudança visa a atender diferentes segmentos de consumidores, proporcionando opções acessíveis para quem não tem interesse em audiolivros.
Apesar das preocupações com a possível reação dos usuários ao aumento de preços, dados recentes indicam que a plataforma continua a atrair novos assinantes. No ano passado, o Spotify registrou um crescimento recorde de usuários, com 113 milhões de novas inscrições em seus serviços gratuitos e pagos, totalizando 602 milhões de usuários até o final de 2023, incluindo 236 milhões de clientes pagantes.
A concorrência no mercado de streaming de áudio também está aumentando. O aumento dos preços pode afetar a fidelidade dos assinantes, especialmente em um mercado competitivo. É importante observar que concorrentes como a Apple e a Amazon também aumentaram os preços de seus serviços de música recentemente.
Essa competição também está levando as empresas a explorar novas formas de monetização, como cobrar por acesso antecipado a novas músicas. As mudanças podem gerar preocupações para os usuários que utilizam a plataforma, exigindo uma análise cuidadosa dos benefícios em relação aos custos adicionais.
A reação dos investidores, em contrapartida, foi positiva e imediata, refletida no aumento do valor das ações da empresa.