Uma denúncia de um suposto caso de assédio sexual foi debatida na Câmera de Vereadores de Chapecó, Oeste de SC, nesta semana. O vereador Neuri Mantelli (PSD) foi acusado de assediar uma assessora parlamentar durante a sessão em março deste ano. Mantelli nega o ocorrido e cita que a situação faz parte de uma perseguição política.
Conforme a denúncia, a situação teria ocorrido no dia 20 de março, mas se tornou pública após o vereador Cleber Fossá (MDB) falar sobre o assunto na sessão da Câmara realizada na terça-feira (9). Durante a fala, Fossá cobrou providências da mesa diretora do legislativo sobre o caso.
O que diz a denúncia de assédio sexual?
A vereadora Deise Schilke, presidente da Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores, explica que chegou ao conhecimento da procuradoria que uma assessora parlamentar de um gabinete sofreu um suposto assédio sexual por parte de um vereador.Schilke conta que a assessora confirmou o fato e a denúncia foi formulada e entregue ao presidente da câmara, André Kovaleski (PL), para os encaminhamentos conforme a legislação.
O presidente levou a denúncia à comissão de ética e decoro parlamentar. “Enquanto mulher, vereadora e procuradora da procuradoria especial da mulher, não podemos admitir qualquer tipo de violência ou constrangimento em qualquer que seja o espaço”, explica Deise.
Caso em apuração
A vereadora explica que a procuradoria acompanhará os encaminhamentos. “Na expectativa de que o caso seja devidamente apurado e as medidas cabíveis adotadas”, argumenta.Ainda, ela cita que a procuradoria será rígida contra qualquer forma de violência e ou discriminação das quais as mulheres são submetidas. “E que os responsáveis tenham sobre si as sanções e medidas legais cabíveis”, afirma.
O que diz o vereador Neuri Mantelli?
O vereador Mantelli se manifestou sobre o caso tanto na sessão quando por meio de uma nota oficial encaminhada para a imprensa. Ele negou os fatos.Conforme Mantelli, ele nunca se envolveu em qualquer tipo de comportamento inapropriado ou assédio sexual e repudiou as alegações. “É extremamente preocupante que meu nome tenha sido divulgado em associação com essa denúncia”.
Mantelli fala que a brincadeira partiu da mulher
Ele explica que nunca teve qualquer tipo de contato íntimo com a assessora em questão. “Possuo provas que evidenciam que a brincadeira partiu dela e não de mim. É fundamental que os fatos sejam apurados de maneira imparcial e objetiva”.De acordo com a nota divulgada pelo vereador, a assessora teria feito uma brincadeira de mau gosto com ele. “Dizendo que eu estaria com os ‘faróis acesos’, foi interpretado por mim como uma brincadeira, e nada além disso”.
Mantelli explica que está disposto a colaborar com as autoridades para garantir que a verdade prevaleça. “Ratifico meu compromisso com a ética, a integridade e o respeito no ambiente de trabalho, e reitero meu repúdio a qualquer forma de assédio ou conduta inadequada”, completa.Perseguição política
Por fim, Mantelli considerou a situação como parte de uma perseguição política. “Estou sendo vítima de calúnias e difamações com o objetivo claro de me descredibilizar e prejudicar minha atuação política”, finaliza o vereador.Sessão da Câmara
Denúncia de assédio sexual foi discutida em sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Chapecó.
