Santa Catarina registrou um feminicídio a cada quatro dias e meio entre janeiro e março deste ano, apontou conforme dados da SSP-SC (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina). No período, 20 mulheres morreram por serem mulheres no Estado.
Os dados do mês foram divulgados pela secretaria na quarta-feira (17). O número de feminicídios no período é o maior em seis anos, desde 2019.
Março registrou 10 das 20 mortes por feminicídio desde janeiro. Em Blumenau, Eveline Schmitz, de 37 anos, morreu em 4 de março após ser esfaqueada no pescoço pelo marido, na frente dos filhos de 2 e 4 anos de idade.
Também em Blumenau, Fernanda Aline Reinard, de 25 anos, foi estuprada, esfaqueada e estrangulada com o fio de extensão de um ventilador da residência pelo vizinho em 10 de março.
Em Joinville, Bernadete da Silva Soares, de 53 anos, morreu após ter uma faca de cozinha cravada no tórax. O principal suspeito do feminicídio, que ocorreu em 10 de março, é o ex-namorado da vítima.
Na mesma cidade, as venezuelanas Diomeida Del Carmen Rivas e Gloribel Del Carmen Rivas, mãe e filha de 59 e 43 anos, foram mortas e enroladas em um cobertor pelo companheiro de uma delas, em 4 de março.
Ainda no Norte catarinense, Antonella De Rosa, de 43 anos, foi morta a marteladas em 6 de março. Seu companheiro confessou ter matado a vítima, que era italiana.
Outra vítima foi morta estrangulada pelo companheiro após ter trocado a TV de lugar. O caso ocorreu em São José, na Grande Florianópolis, em 15 de março.
Já em Campo Erê, no Oeste catarinense, Vanderléia Krummenauer, de 35 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido em 14 de março. Em Águas de Chapecó, na mesma região, Marta Rotheman, de 29 anos, foi encontrada morta em um milharal em 11 de março, marido é principal suspeito.