Após o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se
posicionar no último domingo (28) sobre a greve dos professores catarinenses,
negando a descompactação da folha de pagamento, principal reivindicação da
categoria, anunciou que haverá desconto de salário para os professores que
faltarem ao trabalho devido às paralisações, e que serão contratados
profissionais para substituí-los. A Secretaria de Estado da Educação (SED)
orientou as coordenadorias a contratarem professores para substituir os
profissionais que aderiram ao movimento.
Segundo a Coordenadora Regional de Educação de São Miguel do
Oeste, Rosangela Fiametti, até esta segunda-feira (29), 27% dos professores das
18 escolas da região aderiram ao movimento. Apesar da adesão não ser total, as
escolas estão enfrentando dificuldades, pois muitos professores lecionam em
mais de uma instituição, o que pode afetar o funcionamento.
Rosangela ressaltou que a SED orientou as coordenadorias a
conversarem com os professores e solicitarem que retornem às salas de aula. Ela
enfatizou que os professores que voltarem à sala de aula na quinta-feira (02)
não sofrerão descontos. No entanto, para evitar que os alunos fiquem sem aulas,
o estado interromperá o contrato com os professores em greve e chamará outros
profissionais para lecionar.
O governo de Santa Catarina argumenta que vem atendendo às
demandas dos profissionais da educação desde o ano passado e solicitou um prazo
de 60 dias para estudar a possibilidade de descompactação da folha de
pagamento, principal pedido da categoria.