As inundações no RS já causaram prejuízos financeiros de mais de R$ 275,3 milhões, além de mortes, desaparecidos, desalojados e desabrigados. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) calcula que o fenômeno já causou perdas de R$ 59,9 milhões no setor público e de R$ 99,8 milhões no setor privado. Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas e ou destruídas.
De 29 de abril até sábado, as perdas na agricultura somaram R$ 71,4 milhões. Os demais setores afetados foram: Indústria, com prejuízos de R$ 11,2 milhões; Pecuária, com perda de R$ 9,3 milhões; e Comércios locais, com impacto de R$ 5,3 milhões.
O levantamento da CNM também aponta prejuízos superiores a R$ 2,6 milhões de outros serviços. Considerada como pior desastre da história do Estado, a tempestade derrubou pontes, destruiu calçamentos e deixou 19 barragens em estado de atenção. Até o momento, os setores mais afetados são:
● Infraestrutura – pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc: prejuízos de R$ 29,5 milhões;
● Sistema de esgotamento sanitário: prejuízos de R$ 7,5 milhões;
● Assistência médica emergencial: prejuízos de R$ 6,7 milhões;
● Abastecimento de água: prejuízos de R$ 2,1 milhão;
● Limpeza Urbana e remoção de escombros: prejuízos de R$ 2,1 milhões;
● Sistema de ensino: prejuízo de R$ 1,5 milhão;
● Sistema de transporte: prejuízo de R$ 1,4 milhão; e
● Geração e distribuição de energia elétrica: prejuízo de R$ 1,4 milhão.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lamenta as notícias sobre as cheias. “Infelizmente, a situação se repete a menos de um ano, pois não podemos nos esquecer que em setembro de 2023 os municípios gaúchos foram afetados por ciclone extratropical. É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população”, disse. Ziulkoski voltou a reclamar da falta de recursos para prevenção. “Não há apoio para prevenção nem investimentos, e os municípios estão praticamente sozinhos, na ponta”, destaca.
De acordo com o levantamento da CNM, entre 2013 e 2023, mais de 6.322 decretações de anormalidades foram decretadas, no Brasil, e prejuízos de mais de R$ 105,4 bilhões.