Saúde - 19/06/2024 10:54

Hospital de SC realiza cirurgia inédita para tratar condição rara em bebê de 3 meses

Procedimento foi realizado em um paciente com 5,4 kg e durou cerca de cinco horas.
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Equipe de profissionais realizou procedimento inédito em bebê (Foto: SES SC)

Pela primeira vez, uma cirurgia para correção de estenose traqueal congênita foi realizada em Santa Catarina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  O procedimento inédito, chamado de traqueoplastia por deslizamento, foi feito na última sexta-feira, dia 14, em um bebê de três meses, no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), unidade própria do governo catarinense em Florianópolis, no Litoral do estado.

“Uma equipe multidisciplinar nas especialidades de cirurgia pediátrica, otorrinopediatria, cirurgia cardíaca, além da nossa anestesia e da nossa enfermagem do centro cirúrgico, participou do procedimento. É muito gratificante poder oferecer este serviço tão complexo para os pacientes do SUS, principalmente às nossas crianças”, destaca a diretora do HIJG, Tatiana Titericz.

Malformação da cartilagem

A condição rara acomete cerca de 1 a cada 65 mil nascidos e é caracterizada por uma malformação da cartilagem da traqueia, causando um estreitamento das vias aéreas. A doença possui sintomas que incluem falta de ar, ruídos durante a respiração e, em alguns casos, há a necessidade de intubação.

Conforme o cirurgião pediátrico, Felippe Flausino, o diagnóstico foi feito por meio de uma endoscopia da traqueia e uma tomografia de tórax, que revelaram a extensão da alteração. “Esses exames possibilitaram à equipe médica planejar a melhor técnica para corrigir a condição. A estenose traqueal congênita é uma malformação rara que necessita de tratamento cirúrgico. A traqueoplastia em deslizamento é importante nestes casos pois permite aumentar o calibre desta traqueia em quase quatro vezes, permitindo uma respiração e ventilação pulmonar mais adequada", explica o médico. 

Impressão de modelos 3D

Além disso, foram produzidos modelos anatômicos criados com impressão 3D para reconstruir a área afetada. A reconstrução em 3D permitiu que a equipe médica avaliasse no pré-operatório as estruturas envolvidas a relação com órgãos próximos. As peças tridimensionais são criadas a partir dos dados da tomografia do paciente e auxiliam para um planejamento cirúrgico adequado. 

O procedimento foi realizado em um paciente com 5,4 kg e durou cerca de cinco horas. Após a cirurgia, o bebê foi internado na UTI Pediátrica, onde permanece recebendo cuidados intensivos e apresentando uma boa recuperação.

Equipe

A equipe multidisciplinar que participou do procedimento incluiu também a cirurgiã pediatra, Ana Laura Luzardi; a otorrino pediatra, Janaina Jacques; os cirurgiões cardíacos, Luis Henrique Portugal e Gabriel Longo; o anestesiologista, Marcelo Souza Cruz; além da equipe de enfermagem com dois instrumentadores, dois circulantes e um perfusionista.

(Foto: SES SC)
Fonte: Oeste Mais
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...