A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (20), a 28ª fase da Operação Lesa Pátria. O objetivo é identificar financiadores e fomentadores dos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por manifestantes. Agentes cumprem 27 mandados de busca (15 de busca e apreensão e 12 de busca pessoal) em Goiás (4), Mato Grosso do Sul (4) e Santa Catarina (19).
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também ordenou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados para eventualmente ressarcir os danos ao patrimônio público, estimados em R$ 40 milhões.
— Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido — diz a PF.
A operação da PF desta quinta-feira teve origem nas quatro frentes de investigação abertas após os ataques.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores buscaram identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios da capital federal, que acabaram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de Janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.
A ofensiva apura supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.