O contribuinte brasileiro trabalhou, até o dia 28 de maio de 2024, um total de 149 dias somente para pagar impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Em 2023, o IBPT aponta que os brasileiros tinham trabalhado 147 dias somente para pagar os tributos. Na avaliação do diretor de negócios do IBPT, Carlos Alberto Pinto, o aumento está relacionado a reforma tributária aprovada no Congresso Nacional no ano passado. Se a comparação for feita no início da série histórica, o aumento é ainda maior.
Em 1986, quando a medição começou a ser feita, os brasileiros precisavam trabalhar apenas 82 dias para pagar os tributos. Em um primeiro momento, o número de dias atual pode assustar, porém, ele é menor do que em outros países como na Noruega, em que a população trabalha 162 dias para pagar impostos.
Na Áustria, são 158 dias. Segundo o diretor do instituto, o problema no Brasil é a forma como o dinheiro dos tributos é utilizado. “Existe uma má contraprestação, uma baixa devolutiva por parte do governo, que nos deixa insatisfeito”.
Os dados do IBPT revelaram que a tributação sobre o contribuinte brasileiro incide sobre a renda, como o Imposto de Renda e INSS, consumo, no caso de PIS/COFINS, e o patrimônio, como o IPVA.