Entre 357 áreas de atuação com números disponíveis para análise, as mulheres ganhavam salários médios iguais ou maiores que os dos homens em apenas 63, o equivalente a 18%.
Algumas das atividades com maior presença feminina no Brasil, como saúde, educação e artes, cultura, esporte e recreação, inclusive, registraram salários médios menores para elas do que para eles.
► Na área de Saúde humana e serviços sociais, as mulheres eram 226.692 e ganharam um salário médio de R$ 2.514,52, enquanto os homens eram 181.362 e ganharam um salário médio de R$ 2.926,35;
► No grupo de artes, cultura, esporte e recreação, as mulheres eram 173.653 e ganharam um salário médio de R$ 2.470,35, enquanto os homens eram 78.514 e ganharam um salário médio de R$ 2.603,15.
O levantamento foi feito com base no Cadastro Central de Empresas (Cempre) de 2022, que reúne dados de empresas e empregados, inclusive salários, excluindo apenas os empresários enquadrados como Microempreendedor Individual.
A área de atuação com a maior diferença salarial foi a de fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas, com homens ganhando R$ 7.509,33, enquanto mulheres ganharam R$ 1.834,09, um valor 309,4% menor.
Já a área em que as mulheres ganharam mais, com a maior diferença, foi em organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais. Nessa área, mulheres receberam salários médios 47,7% maiores que o dos homens: elas ganharam R$ 9.018,70 e eles, R$ 4.717,09.
A maior diferença salarial foi registrada no grupo de atividades financeira, de seguros e serviços relacionados, com homens ganhando, em média, R$ 10.469,21, enquanto mulheres ganharam R$ 6.205,02, um valor 68,7% menor.