Com a chegada do Julho Amarelo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está fazendo um alerta para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado contra as hepatites virais B e C, consideradas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
A campanha tem o objetivo de incentivar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, que são doenças silenciosas que se não tratadas a tempo podem causar sérios danos à saúde como cirrose ou câncer hepático e, até mesmo, levar à morte.
As hepatites virais podem causar sintomas como cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, mas o aparecimento desses sintomas é pouco frequente.
Em Santa Catarina, os casos de hepatites virais são mais frequentes em homens com idade entre 30 a 59 anos, sendo que na Hepatite B, a incidência acontece entre 30 a 49 anos, já na Hepatite C, entre 40 a 59 anos.
A médica infectologista, Regina Célia Santos Valim, gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Aids e Hepatites Virais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), ressalta a importância da testagem para o diagnóstico precoce da doença e realização do tratamento adequado.
“O exame das hepatites, tanto B quanto C, estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo território catarinense. Recomendamos que todas as pessoas procurem essas unidades para fazer o seu teste e saber o quanto antes se são portadoras ou não dessas duas doenças, ou da hepatite B ou da C, e ser tratada adequadamente no serviço de saúde”, alerta a médica.
Além da testagem, existem outras formas de prevenção para essas infecções. Para a hepatite B há vacina oferecida gratuitamente na rede pública de saúde. A primeira dose deve ser aplicada no bebê logo ao nascer e as demais doses (vacina pentavalente) aos 2, 4 e 6 meses de idade. Pessoas não vacinadas nesta faixa etária podem receber a vacina em qualquer momento, independentemente da idade, em um esquema de três doses.
Já para a hepatite C, não existe vacina contra a infecção, mas é importante se prevenir não compartilhando com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue, como: seringas, agulhas, alicates, escova de dente, e outros objetos de uso pessoal, além de sempre usar preservativos nas relações sexuais.