“Ser colono é ser soldado em uma guerra, onde a arma é o teu serviço e a vitória nem sempre é o bom resultado. É ser perseverante no que você faz”, disse Belenice Dall'Agnol Marcon.
Em comemoração ao dia do colono, a equipe do Jornal O Líder entrevistou Belenice Dall'Agnol Marcon e Ivan Cláudio Marcon. Agricultores, possuem atualmente a propriedade que compõe a rota turística da cidade, não só pela beleza, mas principalmente pela grande variedade orgânica.
Segundo Belenice, o maior desafio de morar na roça e ser agricultor é o tempo e as dificuldades que surgem em decorrência dele. A agricultora destaca que muitas vezes estão plantando e investindo, mas o tempo e as influências climáticas destroem. “Há três anos estamos sendo afetados pelo clima. Tem produtores que conseguiram cobrir os investimentos, mas tem muitas pessoas que não conseguiram”, afirma.
Atualmente a propriedade é totalmente orgânica, trabalha com plantio de legumes, saladas e frutas diversas. Tudo que é produzido e cultivado é comercializado, tanto para a população que passa pela propriedade, até para a merenda escolar das escolas municipais. Além disso, a propriedade faz parte da rota de turismo da Comtur de Maravilha. Segundo a família, a propriedade entrou na rota desde o início e recebem os visitantes com o famoso café colonial.
Mas afinal, o que é ser colono? Para Ivan, “ser colono e agricultor, é aquele que faça chuva ou faça sol, sendo bom ou ruim, lucro ou prejuízo, está sempre ali. Os outros são oportunistas, mudam de acordo com a oportunidade. Tem aqueles que quando o leite está em alta, ele vai lá e investe no leite. Depois soja, ele muda para soja. Isso não é ser colono agricultor, é ser oportunista”, destaca.