A Venezuela emitiu um decreto fechando as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do país para pessoas e veículos a partir da meia-noite desta sexta-feira (26) até as 8h de segunda (29). A justificativa é que esta é uma tentativa de manter a segurança e proteger a eleição presidencial, no domingo (28). As informações são do g1.
O presidente do Panamá, Jose Raul Mulino, disse nesta sexta que um avião da comitiva de observadores, a caminho da Venezuela, não foi autorizado a decolar devido a um bloqueio do espaço aéreo venezuelano. O decreto de fechamento das fronteiras foi emitido na última semana.
A ex-presidente panamenha Mireya Moscoso e outros chanceleres do país, a ex-vice-presidente colombiana Maria Lucía Ramírez e o ex-presidente mexicano Vicente Fox, integravam a comitiva.
— A aeronave foi negada a permissão para decolar de Tocumen enquanto eles permanecerem a bordo —, disse Mulino.
Segundo o decreto, o fechamento das fronteiras tem o objetivo de “resguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela por ocasião da Eleição Presidencial do próximo dia 28 de julho de 2024”.
Medidas preocupam comunidade internacional
Maduro tem dado declarações que preocupam a comunidade internacional, que teme que o presidente não deixe o cargo caso perca nas urnas. Maduro disse que pode haver um “banho de sangue” e uma “guerra civil” no país caso ele não seja reeleito. O presidente está no poder desde 2021. Ele também rejeitou a presença de diversos grupos de observadores internacionais que iriam ao país acompanhar de perto a votação.Um alto funcionário dos Estados Unidos pediu ao presidente da Venezuela para reconsiderar a decisão de impedir a entrada da comitiva de ex-presidentes no país para que eles possam observar as eleições.
— Nicolás Maduro causou a suspensão de todos os voos da Copa com destino a Caracas e Venezuela —, disse Vicente Fox em um vídeo gravado após ele desembarcar no Aeroporto de Tocumen. O presidente Mulino também mencionou que outro voo da Copa Airlines do Panamá, que estava indo ao Panamá partindo de Caracas, capital da Venezuela, também não foi autorizado a decolar.
O Ministério da Informação da Venezuela e a Copa Airlines não responderam ao pedido de comentário da Reuters. No início da semana, o ex-presidente argentino Alberto Fernandez e o tribunal eleitoral do Brasil desistiram de atuar como observadores na eleição presidencial da Venezuela, alimentando preocupações sobre a justiça e a transparência do voto.
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