A empresa biofarmacêutica Sinergium Biotech, na Argentina, lidera o projeto e começou a desenvolver vacinas candidatas contra o vírus da gripe aviária H5N1, indicou a OMS em comunicado.
O vírus H5N1 foi detectado pela primeira vez em 1996, mas o número de surtos em aves aumentou de maneira exponencial desde 2020, de forma paralela ao aumento do número mamíferos infectados, inclusive morsas ou vacas leiteiras, como nos Estados Unidos.
A Sinergium Biotech deve primeiro, na fase anterior aos ensaios clínicos, estabelecer provas de que o conceito das vacinas candidatas pode funcionar, disse a OMS. Quando os dados pré-clínicos estiverem disponíveis, a tecnologia, o material e a experiência serão compartilhados com uma rede de produtores em outros países para acelerar o desenvolvimento de vacinas e melhorar a preparação para uma eventual pandemia.
Esta iniciativa é aplicada no âmbito do Programa de Transferência de Tecnologia de RNA Mensageiro, lançado pela OMS e pelo Medicines Patent Pool (MPP), uma organização apoiada pela ONU que visa facilitar a criação de medicamentos essenciais e melhorar o seu acesso.
Esta nova iniciativa H5N1 "ilustra a razão pela qual a OMS criou o Programa de Transferência de Tecnologia de mRNA", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no comunicado. O objetivo é "favorecer a pesquisa, o desenvolvimento e a produção em países de baixa e média renda, para que, quando a próxima pandemia chegar, o mundo esteja melhor preparado para uma resposta mais eficaz e equitativa", acrescentou.