REPERCUSSÃO - 30/07/2024 06:52

Maduro expulsa embaixadores de sete países que contestaram resultado das eleições na Venezuela

Ministro das Relações Exteriores publicou carta que oficializa a expulsão do corpo diplomático dos países
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O corpo diplomático, composto por diplomatas, embaixadores e outros agentes diplomáticos, de sete países foi expulso da Venezuela pelo governo de Nicolás Maduro nesta segunda-feira (29). A ação ocorre após a contestação por parte de alguns países do resultado das eleições no país. As informações são do g1.

Maduro foi proclamado como presidente da Venezuela pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão máximo eleitoral do país.

O corpo diplomático da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai foi expulso. Alguns deles, como Argentina, Chile, Panamá, Peru e Uruguai contestaram o resultado das eleições.

Capital da Venezuela tem panelaços em protesto contra vitória de Maduro nesta segunda-feira

Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil Pinto, publicou uma carta em que oficializa a expulsão do corpo diplomático dos países citados já que o grupo quer desconhecer o resultado das eleições.

“Ante este precedente nefasto que atenta contra nossa soberania nacional, decidimos retirar todo o corpo diplomático de nossas missões na Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, bem como expulsar de imediato seus representantes do território venezuelano.”

Reação dos países após resultado das eleições

Outros países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Colômbia, Guatemala e Portugal também contestaram as eleições. Rússia, China, Irã, Bolívia, Cuba e Nicarágua. parabenizaram Nicolás Maduro pela reeleição declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Um comunicado do Ministério Público venezuelano saúda o povo venezuelano pela “demonstração de civilidade e democracia”. O texto diz ainda que reconhece Maduro como presidente e “rejeita as declarações temerárias de alguns poucos governos da América Latina que querem mandar na democracia venezuelana”.

O governo brasileiro, que ainda não se manifestou, disse que “acompanha com atenção o processo de apuração”, e que espera por “dados desagregados”, considerando esse um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

Entre os dados mais detalhados estariam informações que estão nas atas, como dados por locais de votação.

Conforme informações da Agência Brasil, o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira (29) que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deve publicar “nas próximas horas” as atas eleitorais que mostram o resultado de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação desse domingo (28).

“O CNE informou que nas próximas horas estarão disponíveis na página web do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) os resultados mesa por mesa, tal como historicamente se tem feito graças ao sistema automatizado de votação”, disse em entrevista coletiva o fiscal-geral do país, cargo similar ao procurador-geral da República no Brasil.

Maduro venceu com 51,2% dos votos, diz CNE

As informações do CNE, que é presidido por um aliado do presidente do país vizinho, apontaram uma vitória de Maduro com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor, Edmundo González. A oposição não aceita o resultado e afirma que o candidato González venceu com 70%.

Entre as acusações estão a de que atas foram ocultadas para modificar o resultado, já que pesquisas de boca de urna indicavam uma vitória, com folga, de González sobre Maduro.

O resultado provocou uma série de manifestações no país nesta segunda-feira, contrárias ao resultado das eleições.

Fonte: NSC
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