Com esses resultados, a indústria se encontra 1,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM - Brasil), divulgada hoje (4) pelo IBGE.
De junho para julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram queda na produção. As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).
Os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e de indústrias extrativas (-2,4%) interromperam sequência de dois meses de crescimento na produção, período no qual acumularam ganhos de 6,4% e 5,7%, respectivamente.
Indústria automotiva em alta
Também houve avanços expressivos nos ramos de produtos de metal (8,4%), produtos diversos (18,8%), produtos químicos (2,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%), máquinas e equipamentos (4,2%), impressão e reprodução de gravações (23,4%), produtos de borracha e de material plástico (3,5%), outros equipamentos de transporte (9,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).
No sentido inverso, os setores de bens de capital (2,5%) e de bens de consumo duráveis (9,1%) alcançaram resultados positivos em julho de 2024, e intensificaram as expansões vistas no mês anterior com, respectivamente, 0,8% e 5,9%.
Atividade industrial sobe 6,1% na comparação interanual
Frente a julho de 2023, a indústria cresceu 6,1%, com resultados positivos em 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. As principais influências positivas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (26,8%) e produtos químicos (10,5%).
Os setores de produtos de metal (13,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,4%), produtos de borracha e de material plástico (11,6%), máquinas e equipamentos (10,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,0%), móveis (26,9%), metalurgia (4,8%), bebidas (8,4%), produtos alimentícios (1,3%), produtos diversos (19,4%), outros equipamentos de transporte (17,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (10,9%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (14,3%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,2%) também contribuíram positivamente para o resultado.
Pelo lado das quedas, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) exerceu a maior influência na composição da média da indústria. Isso aconteceu, principalmente, em razão da menor produção dos seguintes itens: óleo diesel, naftas, gás liquefeito de petróleo (GLP) e álcool etílico.