Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em 2022, 837 mil pessoas residiam em domicílios coletivos no Brasil. Desse total, 57,2% moram em penitenciárias. O número corresponde a 479 mil detentos.
O resultado do “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo” foi divulgado na manhã desta sexta-feira (6).
A região Sudeste concentra a maior parte de prisioneiros: 52%. A pesquisa também mostra que dos 26,9% dos moradores de domicílios coletivos no Nordeste, 16,5% deles estão na cadeia.
O Norte concentra o menor número de presos: 6,8%. Seguida da região Centro-Oeste com 10% e a Sul com 14,7% dos detentos do Brasil.
Três a cada quatro moradores do sistema prisional brasileiro são homens e têm idades entre 20 a 39 anos, de acordo com a pesquisa. No local, a taxa de analfabetismo foi de 6,6%, a menor de todos os outros tipos de domicílios coletivos.
O segundo domicílio coletivo com o maior número de moradores são os asilos: mais de 160 mil idosos moram em instituições de longa permanência. Em seguida, aparecem hotéis e pensões com pouco mais de 46 mil pessoas e alojamentos com 30 mil moradores.
Os demais são “Clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similar” e “Abrigo, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis” (ambos com 24 mil), “Orfanato e similar” (14 mil), “Abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua” (11 mil), “Unidade de internação de menores” (8 mil), e “Quartel ou outra organização militar” (1 mil).
A categoria “Outro domicílio coletivo” registrou 38 mil moradores.