ECONOMIA - 19/09/2024 20:58 (atualizado em 20/09/2024 09:05)

Comitê do setor elétrico recomenda horário de verão; decisão final depende de Lula

Ministro de Minas e Energia não está convencido e vai dialogar com outros setores
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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou nesta quinta-feira (19) a retomada do horário de verão em 2024. A medida, segundo o órgão governamental, seria uma forma de deslocar o pico de consumo para um horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais cara e poluem mais, para atender à demanda. As informações são do g1

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19), o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira disse que “foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento apontado como importante a volta [do horário de verão]”.

No entanto, o ministro ainda não está convencido da necessidade da medida, mesmo com a recomendação do comitê. “Há tranquilidade de que não faltará energia”, disse, e por isso ele deve analisar outras medidas antes.

A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e será uma determinação não apenas técnica, mas também política, já que o horário de verão mexe com a rotina da sociedade.

Ainda segundo o ministro, a decisão sobre o horário de verão deve ser tomada nos próximos 10 dias.

Se for adotada, a mudança deve acontecer ainda em 2024, mas a duração do horário de verão ainda não foi determinada.

“Levo a recomendação sobre o horário de verão, mas com a condição de que nós temos, inclusive, de continuar nessa semana full time [tempo integral] e no início da semana que vem de continuar discutindo com técnicos”, disse Silveira.

Plano de contingência

Conforme o ministro, a previsão de economia com a adoção do novo horário seria de R$ 400 milhões, devido ao menor acionamento de usinas termelétricas.

O horário de verão foi extinto em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL). Na época, o Executivo alegou que a economia de energia era baixa e não justificava a adoção da medida. Sua retomada foi sugerida dentro do plano de contingência apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta quinta-feira (19).

O plano de contingência foi solicitado pelo ministro Alexandre Silveira em ofício no último dia 6 de setembro, visando garantir o fornecimento de energia no sistema interligado e em Roraima — único estado que não está conectado ao restante do país.

Fonte: NSC
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