Buscando reduzir a fila de espera por uma cirurgia, o governador Jorginho Mello deu início, ainda no fim de 2023, na Tabela Catarinense. Com ela, o governo estadual paga valores diferenciados do que é garantido pela tabela do SUS, suprindo a defasagem em mais de 900 procedimentos. Apenas em 2024, os repasses para as cirurgias eletivas somam mais de R$ 382 milhões.
“Nossa intenção sempre foi dar agilidade no atendimento à população. Se eu tenho um procedimento que paga R$ 1 mil, a Tabela Catarinense pode garantir R$ 3 mil. Essa diferença pode chegar até 12 vezes mais que o valor da tabela de referência do SUS. Tudo foi feito com muita conversa entre Secretaria da Saúde, municípios e hospitais, para que se levantasse quais procedimento estavam com a maior defasagem e por isso acabavam com maior demanda”, explica o governador.
As maiores diferenças de valores entre o que é pago pelo SUS e a Tabela Catarinense estão concentradas nas cirurgias urológicas de média complexidade e nas cirurgias ortopédicas de alta complexidade. São procedimentos que historicamente geram uma grande demanda e um tempo maior de espera.
Uma artroplastia de joelho ou de quadril com uso de prótese, por exemplo, pode chegar a 12 vezes o que é pago pela tabela SUS. Todo esse empenho fez com que houvesse um aumento de 60% na execução das cirurgias eletivas em 2023 com relação a 2022.
A tendência é que ao final do ano, o Tesouro do Estado tenha aplicado mais de R$ 500 milhões somente para cirurgias eletivas. Atualmente, Santa Catarina está pagando 100% dos valores das eletivas. Isso porque o Governo Federal repassou até março R$ 70 milhões, somando os R$ 41 milhões previstos para este ano com os valores devidos ainda de 2023.
Atrelado a tudo isso, o governo catarinense também criou o Programa de Valorização dos Hospitais, com pagamentos fixos de acordo com a disponibilidade de serviços das unidades de saúde. Para este ano está previsto um orçamento de R$ 670 milhões para hospitais filantrópicos e municipais. “Atualmente nós estamos negociando com mais dois hospitais e tudo indica que até dezembro nós tenhamos um total de oito hospitais privados que passaram a compor o Sistema Único de Saúde. Claro que por conta desse movimento, tanto pelo Programa de Valorização quanto pela Tabela Catarinense”, anunciou Demarchi.