Saúde - 11/10/2024 13:43

SC registra mais de 1,7 mil casos de tuberculose em 2024

Maior número de casos foi registrado em agosto, com 226 casos confirmados
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Arte / DIVE / SC

A tuberculose, segunda doença infecciosa que mais mata no Brasil, atingiu 1.743 catarinenses de janeiro até setembro de 2024, informou a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC). No ano passado, durante o mesmo período, 1.668 moradores do Estado foram diagnosticados com a condição.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada por uma bactéria conhecida como bacilo de Koch. A condição afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A transmissão acontece de pessoa para pessoa através do ar, pela fala, espirro e tosse da pessoa infectada. 

Neste ano, o maior número de casos foi registrado em agosto, quando a SES recebeu 226 notificações da doença em Santa Catarina. Já no mês de junho, 215 catarinenses foram diagnosticados, seguido por maio, quando 207 catarinenses foram infectados. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8). 

Casos de tuberculose em 2024 em SC

Janeiro – 203
Fevereiro – 182
Março – 199
Abril – 194
Maio – 207
Junho – 215
Julho – 194
Agosto – 226
Setembro – 123
Total: 1.743

Número de casos cresceu entre 2021 e 2023 em SC 

Segundo o boletim epidemiológico produzido pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), o Estado apresentou uma queda no número de diagnósticos da doença entre 2019 e 2020, contudo, a doença voltou a crescer entre 2021 e 2023.

Entre janeiro e dezembro de 2023 foram notificados 2.226 casos novos de tuberculose, com 242 pessoas infectadas somente em agosto. A faixa etária de 20 a 49 anos foi a que mais apresentou casos da doença ao longo do ano (1.430).

Com relação aos menores de cinco anos (população com maior chance de gravidade da doença), o Estado notificou 36 casos. A taxa de incidência da condição em Santa Catarina no ano passado foi de 30,9 casos por 100 mil habitantes, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Entre as doenças inseridas no plano de eliminação e controle do Brasil Saudável, a tuberculose está entre as mais complexas, explicou Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde. Segundo o especialista, a tuberculose foi a segunda doença infecciosa de um único agente que mais matou no mundo em 2022, perdendo apenas para a Covid-19. Para ele, o alcance da eliminação está além da resposta biomédica.

— Precisamos, sim, melhorar o tratamento e investir em melhores tecnologias para diagnóstico, mas também devemos trabalhar em conjunto com a sociedade civil, com as populações mais vulnerabilizadas e com a gestão nos três níveis de governo em uma resposta sinérgica. Além disso, é necessário financiamento para colocar as estratégias em prática — disse o especialista durante o XI Workshop da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (Rede-TB). 

Sintomas e tratamentos 

De acordo com o Ministério da Saúde, no mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil são notificados aproximadamente 80 mil casos novos e ocorrem cerca de 5,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Os principais sintomas são: 

- Tosse por três semanas ou mais;
- Febre vespertina;
- Sudorese noturna;
- Emagrecimento.

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada, até o final. 

Prevenção

A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e em algumas maternidades.

Fonte: NSC
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