O Brasil está entre os países mais estressados do mundo. É o que aponta um novo relatório do Instituto Ipsos, feito com 31 nações. Segundo os dados, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking, perdendo apenas para Polônia (3º), Turquia (2º) e Suécia (1º).
No geral, 42% dos brasileiros entrevistados disseram que foram impactados pelo estresse diversas vezes em 2024 – número similar ao registrado em 2023 (43%). Outros 32% afirmaram que ficaram estressados ao menos uma vez no ano, enquanto apenas 26% relataram não ter sentido estresse durante todo o período.
Quando questionados se já “se sentiram estressados ao ponto de não conseguir lidar com a rotina”, o percentual que respondeu “sim” ficou em 41%, fazendo o Brasil subir para a terceira posição do ranking. Apesar de alto, o número é menor do que o observado no ano anterior, quando a afirmação foi feita por 48% dos entrevistados.Em meio ao cenário, 54% dos brasileiros indicaram a saúde mental como o principal problema de saúde enfrentado pelo país atualmente. Além disso, 75% dos participantes afirmaram que a saúde mental e a saúde física são igualmente importantes.
62% da população mundial se sente estressada
Levando em consideração todos os 31 países participantes da pesquisa, foi observado que 62% da população mundial se sente estressada. Os níveis de estresse vão de um máximo de 76% na Turquia, a um mínimo de 44% no Japão. No geral, o cenário é mais comum entre as mulheres, que (66%) do que entre os homens (58%).Os mais impactados pelo estresse, contudo, são os nascidos entre 1995 e 2010, conhecidos como “Geração Z”. Durante o ano, mais da metade (54%) disse que se sentiu estressada a ponto de não poder ir trabalhar. A pesquisa apontou ainda que as mulheres dessa geração são mais propensas a se sentirem deprimidas por conta do estresse.
“A saúde mental ainda é a preocupação número um. Nosso último Relatório do Serviço de Saúde descobriu que 45% citam a saúde mental como um dos principais problemas de saúde enfrentados por sua nação. O câncer está em segundo lugar com 38% e o estresse segue com 31% mencionando-o em 31 países”, disse o Instituto Ipsos.