Foram encontrados na cidade de Palmas (PR) na manhã desta sexta-feira (8) restos mortais que podem ser da advogada Karize Ana Fagundes Lemos, desaparecida desde o dia 29 de setembro. O ex-companheiro dela teria confessado a amigos que matou a mulher na casa onde eles moravam, em Caçador, no Meio-Oeste catarinense, na mesma data.
Equipes da Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) e da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Caçador localizaram os restos através de análises de informações obtidas nas investigações.
Até então, o corpo da mulher não havia sido encontrado. A Polícia Civil de Santa Catarina destaca que equipes da perícia estão no local para efetuar a análise e que através do laudo pericial poderá ser possível confirmar se os restos mortais são, de fato, de Karize.
De acordo com a polícia, acredita-se que os restos são mesmo da advogada, mas somente a perícia poderá confirmar a identidade.
Relembre o caso de advogada desaparecida
Na madrugada de 29 de setembro, o marido de Karize teria confessado a amigos ter assassinado a mulher e um amigo dela, com quem acreditava que a advogada tinha um caso. Na casa onde moravam, a Polícia Militar encontrou manchas de sangue.Na confissão, o suspeito disse que “desovou” um corpo a cerca de 200 quilômetros de Caçador, e o outro cerca de 100 quilômetros a frente, durante a fuga. Nenhum dos corpos, contudo, havia sido encontrado até essa sexta.
A Polícia Civil já disse que pode não haver uma segunda vítima. O caso, no entanto, está sob sigilo e os investigadores não descartam nenhuma possibilidade, segundo o delegado Marcelo Colaço.
No último dia 8 de outubro, roupas que seriam de Karize foram encontradas nas proximidades de Palmas (PR) às margens de uma rodovia, mesma cidade em que os restos mortais foram encontrados, segundo a Polícia Civil.
O marido de Karize foi preso no Extremo-Oeste do Paraná, em uma cidade que faz divisa com o Paraguai. Segundo a polícia, a intenção dele era fugir do Brasil.
Ele foi até o local em um Nissan/March, onde os policiais militares encontraram uma faca, livros sobre pessoas condenadas por assassinatos e vestígios de sangue, além de outros objetos.