SÃO MIGUEL DO OESTE - 29/11/2024 07:12

Câmara de São Miguel do Oeste aprova em primeiro turno alteração em lei sobre sacolas plásticas em mercados

Proposta de autoria de Valnir Scharnoski altera obrigatoriedade de sacolas fornecidas serem biodegradáveis
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Foto: Agência Brasil / Divulgação
Proposta de autoria de Nini Scharnoski foi aprovada por 4 a 3, com 5 abstenções

Após ampla discussão, a Câmara Municipal de São Miguel do Oeste aprovou em primeiro turno o Projeto de Lei 1/2023, de autoria de Valnir Scharnoski (Nini – PL), que altera lei sobre o fornecimento de sacolas plásticas. A votação do projeto, nesta quinta-feira (28), terminou empatada, com três votos favoráveis, três contrários e cinco abstenções, e coube ao presidente Paulo Drumm desempatá-la. Drumm votou a favor, e com isso a matéria volta ao plenário para ser discutida em segundo turno.

A proposta altera o artigo 1º da Lei 7.203/2015. A nova redação prevê que “Ficam autorizados os estabelecimentos comerciais de São Miguel do Oeste, notadamente os mercados, supermercados e/ou assemelhados, a fornecer gratuitamente a seus consumidores para utilização no transporte e/ou acondicionamento de mercadorias comercializadas, embalagens plásticas, preferentemente biodegradáveis”. O texto original da lei previa a possibilidade de fornecimento dessas embalagens “desde que biodegradáveis”.

O autor do projeto justifica o pedido citando os transtornos causados aos clientes pela falta de sacolas plásticas para acondicionar seus produtos, especialmente por visitantes de outros municípios que não estão habituados a essa prática. “Sob pretexto de economizar, pois as sacolas biodegradáveis são mais caras, os supermercadistas simplesmente deixaram o ônus para os compradores. Quando muito se estabelece um corre-corre no estabelecimento atrás de algumas caixas de papelão. Então, o que temos na prática é uma lei que viabilizou economia para os donos de supermercados”, justifica o vereador, afirmando ainda que a população foi penalizada, pois antes utilizava as sacolas plásticas para embalar o lixo, e agora precisa dispender dinheiro para comprar sacolas plásticas.

“Ninguém é contra a preservação do meio ambiente. Porém, as sacolas plásticas representam uma fração mínima do impacto se considerarmos as centenas de produtos cuja embalagem é ainda mais agressiva ao nosso ecossistema”, acrescenta. “Entendemos necessário que simplesmente se permita o uso das sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais que quiserem restabelecer essa prática. Sem qualquer obrigatoriedade, deixando o mercado de livre concorrência proporcionar o equilíbrio no sistema de trocas. Fornecedores e clientes terão liberdade de fazer suas escolhas sem restrições”, aponta Scharnoski.

O projeto esteve na pauta da sessão do dia 29 de outubro, mas foi retirado da discussão devido a pedido de vistas feito pelo vereador Ravier Centenaro. Nesta quinta-feira, a proposta voltou à pauta, para ser discutida em primeiro turno.

Representante do Instituto Catuetê, Indianara Herbert, defendeu redução do consumo de sacolas plásticas

Indianara Herbert, representante do Instituto Catuetê, solicitou espaço na discussão do projeto para expor seus argumentos. Ela afirmou que o projeto da redução do consumo de sacolas plásticas, proposto pelo Instituto Catuetê, está consolidado há 14 anos em São Miguel do Oeste, e que a população está habituada. Disse que por diversas vezes a Câmara mudou ou tentou mudar esse projeto, e que infelizmente o Instituto Catuetê não é chamado para discutir, que fica sabendo por terceiros ou pela imprensa, ou mesmo depois de o projeto ser votado. Ela defendeu o não fornecimento de sacolas plásticas pelos supermercados, destacando a redução do volume de plásticos no ambiente.

VOTAÇÃO

Após o debate do projeto, a proposta foi colocada em votação. Votaram favorável ao projeto os vereadores Cris Zanatta, Nini Scharnoski e Vanirto Conrad; se abstiveram os vereadores Elias Araújo, Gilmar Baldissera, Islona Medeiros, Moacir Fiorini e Ravier Centenaro; e votaram contra os vereadores Carlos Agostini, Marli da Rosa e Maria Tereza Capra. O vereador Vilmar Bonora não estava presente na sessão durante a votação do projeto.

Com o empate em 3 a 3, coube ao presidente Paulo Drumm desempatar, e ele votou favorável. Com isso, a proposta foi aprovada em primeiro turno por 4 a 3, e volta à pauta em sessão futura para a segunda votação, para depois ser enviado para sanção do prefeito.

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Fonte: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
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