Santa Catarina encerrou 2023 com 11,5% da população em situação de pobreza, o menor percentual do país, o que equivale a 859,9 mil pessoas nessa condição. O estado alcançou uma redução de 1,3 ponto percentual nesse índice, que no ano de 2022 estava em 12,8%. SC também reduziu a pobreza extrema, que ficou em 1,4% em 2023, 0,4 ponto percentual menor que a do ano anterior, que estava em 1,8%. Foi o terceiro menor índice do país, atrás de Goiás e Rio Grande do Sul, que tiveram 1,3%.
Esses dados e outros nos quais o estado aparece bem integram a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, divulgada pelo IBGE. As pessoas em situação de pobreza são as que têm renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 666, o equivalente a R$ 22,2 por dia (cálculo é baseado em indicador do Banco Mundial de US$ 6,85 por dia). E SC teve redução de 88,5 mil pessoas nessa condição em 2023.
O IBGE considerou extrema pobreza em 2023 a situação de pessoas com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 209. Então, Santa Catarina tinha 105,4 mil pessoas nessa situação, 24,6 mil a menos do que no ano anterior.
Ainda segundo o IBGE, o Brasil registrou em 2023 percentual de 27,4% da população em condição de pobreza, o menor percentual desde 2012, quando foi iniciada a série. Em um ano, o número de pobres recuou em 8,7 milhões de pessoas em ficou em 59 milhões.
Na condição de pobreza extrema, a proporção de população em 2023 ficou em 4,4%, menor que os 5,9% do ano anterior. Em um ano, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa linha e o país seguiu com 9,5 milhões nessa condição, o menor percentual do país desde 2012.
Entre os fatores que ajudaram Santa Catarina e o Brasil a reduzir a pobreza em 2023 estão a maior oferta de emprego e melhoria de programas sociais como o Bolsa Família, que passou a pagar R$ 600 reais, e um maior número de pessoas com benefício de prestação continuada, a pessoas com deficiência.
Outros bons indicadores
Estado com a menor taxa de desemprego na maioria dos anos desde que iniciou essa nova série do IBGE em 2012, Santa Catarina tem mais indicadores positivos, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2024. Um deles é o menor percentual do país de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham, de 12,2%. Nesse grupo estão os chamados nem-nem, de 15 a 24 anos, porque não estão sendo preparados para o futuro. SC encerrou 2023 com a terceira menor taxa de desocupação do país, 3,4%, atrás de Rondônia (3,2%) e Mato Grosso (3,3%). O estado liderou a taxa de formalização de pessoas ocupadas no setor privado em 2023, com 77,1%. A taxa de subutilização da mão de obra em SC, no ano passado, ficou em 6,0%, também a menor do país e um terço da nacional, que estava em 18%.