Meio Ambiente - 14/12/2024 19:39

Com mais de 8 milhões de toneladas por ano, Região Sul concentra 10% da produção de lixo do país

Região Sul é a que produziu a menor quantidade de lixo per capita no país
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Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A Região Sul foi a terceira com a maior produção de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no país. Ao todo, foram 8.767.903 toneladas em 2023, o que representa cerca de 10,8% da produção total do Brasil. O número faz parte do relatório Panorama de 2024, feito pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).

Apesar da quantidade, a região tem a menor geração de RSU per capita, com 284 quilos por habitante. Já a Região Sudeste aparece como a maior geradora de resíduos do país, com 39.949.760 toneladas (49,3%), e também com a maior produção por habitante, com cerca de 452 kg por habitante em 2023.

Em segundo lugar, aparece o Nordeste com 20.011.742 toneladas (24,7%). Já o Centro Oeste, com 6.195.047 toneladas (7,7%), e o Norte, com 6.033.015 (7,5%), fecham a lista.

De acordo com o relatório, por conta da redução no índice de desemprego no Brasil, a população aumentou o poder de compra, o que, consequentemente, aumentou a produção dos resíduos. No último ano, o país produziu 81 milhões de toneladas de RSU, equivalente a mais de 221 mil toneladas de resíduos gerados todos os dias, ou cerca de 382 quilos por habitante durante o ano.

SC produziu 713 mil toneladas em 2024

O rastreamento da produção de resíduos no Estado é feito através do Sistema de Controle de Movimentação de Resíduos e de Rejeitos, por meio do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

O IMA utiliza o sistema Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) em que o usuário faz um cadastro. A partir dali é possível monitorar a gestão dos resíduos quanto à geração, armazenamento temporário, transporte e destinação final.

Conforme o último relatório de novembro, publicado na quarta-feira (11), o Estado produziu cerca de 713.349 toneladas de RSU em 2024, um aumento percentual de 13,1% em relação a 2023, que somava 630.340 toneladas durante o período. No entanto, o IMA afirma que não possui um controle total sobre a geração Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no território catarinense.

— Esses números são referentes aos materiais pós-consumo, que em sua maioria não são registrados pelos cidadãos, já que não há obrigatoriedade de emissão do documento de MTR — explica Caroline Carvalho, representante do IMA.

Em Florianópolis, de acordo com o Departamento do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, cerca de 220.818,611 toneladas de rejeitos foram coletadas em onze meses.

Destino final do lixo

Em Santa Catarina, a reciclagem é a forma mais utilizada como destinação final dos resíduos produzidos no Estado neste ano, totalizando cerca de 41,1% entre todas as tecnologias. Em segundo lugar está a recuperação energética, totalizando 23,8%. Em seguida, aparecem os aterros, com 17,4%.

O professor e pesquisador em botânica, Paulo Horta, afirma que o Brasil anda a passos lentos para o manejo de resíduos e rejeitos no país quando comparado a necessidade de redução da poluição.

— Nós temos uma bomba relógio em nossas mãos em relação ao gás metano, decorrente da decomposição de matéria orgânica. Esse gás interfere na atmosfera e intensifica as mudanças climáticas, agravando uma série de outros problemas — explica.

Ele complementa que a gestão dos resíduos e rejeitos é fundamental para o controle de biometano na atmosfera.

— Infelizmente o Sul do Brasil, está muito atrás no manejo, quando comparado ao Sudeste, por exemplo. Então a gente precisa avançar muito rapidamente nessa área — afirma.

Fonte: nsc
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