Em um recente desdobramento da Operação Vagus, a Polícia Federal, com apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD), bloqueou bens no valor de até R$ 82 milhões, na tentativa de desarticular uma rede criminosa internacional envolvida em lavagem de dinheiro. Focada em crimes financeiros na fronteira entre Brasil e Uruguai, a operação atingiu empresas no Chuí/RS e casas de câmbio.
Contudo, o advogado Thomás Messias, defensor do comércio local, esclarece: "É fundamental afirmar que o comércio legítimo do Chuí não tem qualquer envolvimento com atividades ilícitas. A relação entre comerciantes e casas de câmbio, ambos alvos de investigação, é puramente operacional. A maioria dos clientes do comércio são uruguaios, o que torna essencial a troca de moeda uruguaia para a brasileira." Messias compreende a confusão por parte da Polícia Federal, considerando que são empresas com faturamento significativo. No entanto, ele garante que há controle probatório rigoroso, demonstrando conformidade com a Receita Federal e ausência de indícios de lavagem de dinheiro
"A operação tem suas falhas," continua Messias, "ao não distinguir eficazmente entre envolvidos em atividades ilícitas e comerciantes honestos, que são fundamentais para a economia local." Ele destaca que os bloqueios de bens prejudicam empresários que dependem de transações regulares para sustentar suas famílias e comunidades.