Um vereador eleito e um ex-candidato a prefeito estão sendo investigados acusados de abuso de poder econômico e compra de votos em Caxambu do Sul, no Oeste de Santa Catarina.
Detalhes da compra de votos
Segundo o MPSC (Ministério Público Eleitoral de Santa Catarina), a compra de votos teria sido realizada com a utilização de cédulas falsas pelos suspeitos.Na ação, o MP pede a cassação do diploma do vereador, a aplicação de multa para os suspeitos e a decretação da inelegibilidade dos dois por oito anos.
O MP explica que primeiramente os fatos foram levados para a Polícia Civil de Caxambu do Sul por comerciantes que afirmaram terem recebido cédulas falsas dias após o pleito eleitoral.
A partir da colaboração da Polícia Civil, a Polícia Federal identificou indícios de que um dos investigados teria ordenado a distribuição das notas falsas como parte de um esquema de compra de votos.
Eleitores confirmaram o o recebimento de quantias em dinheiro
O Promotor Eleitoral, Gabriel Cavalett, explica que durante alguns depoimentos, eleitores revelaram o recebimento de quantias em dinheiro para votar nos candidatos investigados.“Um eleitor afirmou ter recebido R$ 900 para votar no candidato a prefeito. Outro depoimento indicou que notas falsas foram entregues por cabos eleitorais dos investigados”, explica.
Além disso, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram encontrados materiais de campanha e mensagens que reforçam a participação dos acusados no esquema. Em uma das buscas, uma eleitora admitiu ter recebido R$ 350 de um dos suspeitos para votar nele.Crime
Cavalett destaca que a distribuição de cédulas falsas, juntamente com o esquema de compra de votos, constitui um ataque direto à integridade do processo eleitoral.“Em um município pequeno, com uma população estimada em 4.614 habitantes, cada voto tem o potencial de alterar significativamente o resultado das eleições, assim urge a responsabilização exemplar dos envolvidos, inclusive em resposta à sociedade, que espera que atos desse teor sejam reprimidos”, reforça o Promotor Eleitoral.
A Polícia Federal apura a origem e as responsabilidades pela falsificação e circulação das notas falsas.
Ainda, o MP destaca que a investigação permanece em sigilo. Com isso, o nome dos envolvidos não foram divulgados e não foi possível o contato para o contraponto do vereador eleito e do ex-candidato. Espaço permanece aberto para a manifestação.