SAÚDE - 23/12/2024 20:17

Região Sul do Brasil tem 150 casos de câncer de pele para cada 100 mil habitantes, revela Inca

Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm incidência maior da doença
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Exposição solar intensa é um fator de risco (Foto: Banco de Imagens)

O Sul do Brasil tem a taxa de incidência do câncer de pele acima da média nacional. Na região, são registrados 150 casos de câncer de pele para cada 100 mil habitantes, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença é um tumor maligno que se forma quando as células da pele se multiplicam de forma desordenada e excessiva, e pode ser curada se descoberta no início.

Seja para quem trabalha no campo ou para aqueles que vão passar as férias na praia, a exposição solar intensa é um fator de risco para o câncer de pele. O uso correto do protetor solar e a atenção aos sinais de alerta são essenciais para prevenir os problemas de saúde.

Principais recomendações para a prevenção

Segundo a dermatologista Jessica Carine Noronha Araújo, da Hapvida NotreDame Intermédica, a principal recomendação para prevenir o câncer de pele para quem passa longas horas ao sol é proteger-se da exposição excessiva ao sol, especialmente nos horários de maior intensidade dos raios UV, entre 10h e 16h.

— Para trabalhadores rurais, é essencial usar barreiras físicas, como chapéus de abas largas, roupas de mangas compridas com tecidos que bloqueiem os raios solares, óculos de sol com proteção UV e, quando possível, buscar sombra durante os intervalos. Já para quem está na praia, além das roupas com proteção UV, o uso de barracas feitas de tecidos que filtram os raios UV é altamente indicado — orienta.

Nos dois casos, o protetor solar com FPS 30 ou superior deve ser aplicado a cada duas horas e após suar ou entrar na água. A conscientização e a adoção desses hábitos são fundamentais para reduzir o risco de câncer de pele, de acordo com a profissional.

Quais são os erros mais comuns na aplicação do protetor?

— O uso incorreto do protetor solar pode deixar áreas vulneráveis à radiação UV, contribuindo para danos cumulativos que podem levar ao câncer de pele — alerta a dermatologista.
Continua depois da publicidade

Os erros mais comuns, segundo ela, incluem:

- Aplicar quantidade insuficiente de produto, o que reduz significativamente a proteção;

- Não passar em áreas como orelhas, pescoço, dorso das mãos e pés;

- Não reaplicar o protetor a cada duas horas ou após nadar, transpirar ou usar toalhas; e achar que um protetor de FPS alto dispensa reaplicações.

Além disso, muitas pessoas utilizam o protetor solar apenas em dias ensolarados, ignorando que os raios UV atravessam as nuvens A aplicação correta e consistente é essencial para uma proteção efetiva, além da aplicação 30 minutos antes da exposição ao sol.

Sinais precoces e diagnóstico no tratamento do câncer de pele

Segundo Jessica, os sinais precoces de melanoma incluem alterações em pintas ou surgimento de novos sinais, bem como lesões na pele, com mudança de cor, tamanho, formato ou bordas. Além disso, coceira, sangramento ou uma ferida que não cicatriza também podem ser sinais de alerta.

— O diagnóstico precoce é crucial porque o melanoma tem altas taxas de cura quando detectado nos estágios iniciais — informa.

Em fases avançadas, ele pode se espalhar para outros órgãos, tornando o tratamento mais complexo e diminuindo as chances de sucesso. Por isso, consultas regulares ao dermatologista e a autoavaliação frequente da pele são ferramentas poderosas para detectar alterações precoces.

O que é método ABCDE, que pode ajudar na identificação precoce

O método ABCDE é uma ferramenta simples e eficaz para identificar características suspeitas em pintas ou lesões cutâneas. Cada letra tem um significado:

A – refere-se à assimetria, quando uma metade da pinta não é igual à outra;

B – significa bordas irregulares, mal definidas ou serrilhadas;

C – indica variação de cores dentro da mesma lesão, como tons de preto, marrom, vermelho ou branco;

D – é o diâmetro maior que 6 mm, embora lesões menores também possam ser preocupantes;

E – corresponde à evolução, ou seja, qualquer mudança na lesão ao longo do tempo em tamanho, cor, formato ou sintomas, como coceira ou sangramento.

— Identificar esses sinais precocemente permite buscar orientação médica antes que o melanoma se torne mais agressivo, aumentando significativamente as chances de cura — declara a especialista sobre a importância desse método.

Fonte: NSC
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...