Com planos de promover a maior deportação em massa da história, Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos na segunda-feira (20). No país, cerca de 11 milhões de imigrantes vivem em situação irregular, sendo 230 mil brasileiros. O número de pessoas do Brasil que podem ser deportadas do país norte-americano é quase igual a população de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, com 225.281 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com informações do O Globo.
Logo no seu primeiro discurso do cargo, Trump declarou emergência nacional da fronteira Sul dos EUA, anunciou a mobilização das Forças Armadas ao local e disse que retomará a política “fique no México”, lançada durante seu primeiro mandato.
— Todas as entradas ilegais serão impedidas e vamos começar o processo de retorno de milhões e milhões de imigrantes criminosos de volta para o lugar de onde vieram. Vamos recolocar a política de “fique no México”. Vamos acabar com a prática de capturar e liberar. Vou mandar tropas para as fronteiras do Sul para impedir essa invasão desastrosa que vem ocorrendo em nosso país — afirmou.
O republicano também anunciou durante o seu discurso de posse que invocará a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, medida usada apenas três vezes na História, todas durante períodos de guerras conflagradas.
A legislação permite a detenção e expulsão arbitrária de pessoas com base apenas na sua origem, sem passar por um juiz de imigração. No passado, a medida foi responsável por deportar dezenas de milhares de imigrantes e seus familiares nascidos nos Estados Unidos, além de jogar 37 mil em campos de concentração.