A quantidade de mortes por dengue no ano passado teve uma alta de 417% na comparação com 2023, quando a doença matou 1.179 pessoas. O número de casos prováveis deu um salto de 302%, passando de 1.649.146 para 6.629.595.
Outro fator preocupante é o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue (DENV-3), com maior incidência esperada em São Paulo. Essa variante, que havia deixado de circular em larga escala desde os anos 2000, pode sobrecarregar o sistema imunológico da população, aumentando os casos graves.
Desde o início deste ano, já foram registrados ao menos 93.555 casos prováveis de dengue no país, com a confirmação de 11 mortes pela doença. Outros 104 óbitos estão em investigação. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde nessa terça-feira (21).
Expansão do sorotipo DENV-3
Os estados com maior proporção de casos de DENV-3 foram: Amapá (31,8%), São Paulo (28,7%) e Minas Gerais (18,2%). Outros estados com circulação significativa incluem Paraná, Roraima, Pará e Pernambuco.
Dados de 2024
Em relação à raça/cor, 41,7% das pessoas infectadas eram brancas; 35%, pardos; 5,1%, pretos; e 1,1%, amarelos.
A faixa etária com mais casos foi a de 20 a 29 anos, com pelo menos 1.216.951 registros, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos (pelo menos 1.071.419) e 40 a 49 anos (pelo menos 1.006.119).
O estado de São Paulo liderou em número absoluto de casos prováveis, com ao menos 2.180.200 registros, seguido por Minas Gerais (1.689.713) e Paraná (652.564). No entanto, o Distrito Federal teve o maior coeficiente de incidência, com 9.338,2 casos por 100 mil habitantes, à frente de Minas Gerais (7.924,5) e Paraná (5.518,7).