
Neste sábado (22), o mundo celebra o Dia Mundial da Água,
data criada para conscientizar sobre a importância dos recursos hídricos. No
Brasil, o alerta se torna ainda mais urgente diante da seca histórica que
atinge o país.
Segundo dados do MapBiomas Água, divulgados nesta
sexta-feira (21), o Brasil perdeu cerca de 400 mil hectares de superfície de
água em 2024, o equivalente a 3,2 milhões de piscinas olímpicas. Com isso, a
área total coberta por corpos hídricos e reservatórios caiu para 17,9 milhões
de hectares, uma redução de 2% em relação ao ano anterior.
Biomas afetados pela seca
O impacto da estiagem se reflete em diversos biomas
brasileiros:
Pantanal: teve uma redução de 4,1% da superfície de água em
2024 e perdeu 61% de sua extensão hídrica desde 1985.
Amazônia: registrou uma perda de 1,1 milhão de hectares em
um ano e enfrenta a pior seca em décadas.
Cerrado: houve substituição de rios e lagos naturais por
represas e reservatórios artificiais, alterando o equilíbrio ecológico.
Pampa e Caatinga: apresentaram pequenas variações, mas a
Caatinga mantém um ciclo de cheias iniciado em 2018.
Crise hídrica em Santa Catarina
Santa Catarina também sofre com a estiagem. Municípios do Extremo Oeste, Oeste, Meio-Oeste, Planalto Sul e Norte estão em estado de atenção devido à falta de
chuvas desde janeiro. O agronegócio é um dos setores mais impactados, com
perdas significativas em lavouras e no abastecimento de água para propriedades
rurais.
Apoio ao produtor rural
Para mitigar os efeitos da seca, o Governo do Estado oferece
programas como:
Água no Campo SC: financiamento de até R$ 100 mil para
armazenamento e distribuição de água.
Pronampe Agro SC Emergencial: crédito subsidiado para
recuperação da produção.
Safra Garantida SC: subsídio de até R$ 1.500 para pequenos
agricultores com seguro agrícola.
Com previsão de chuvas abaixo da média nos próximos meses,
especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes de gestão hídrica
e preservação dos recursos naturais.