

Santa Catarina é o estado do Brasil que teve o quinto maior
custo médio com presos em 2024, com R$ 3.393,69 por mês destinados a manutenção
de cada presidiário. Ao todo, a despesa total foi de R$ 297.913.388,92. Os
dados são do painel Custo do Preso da Secretaria Nacional de Políticas Penais
(Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
O custo médio baseia-se na somatória do custo mensal
dividido pela população daquele mês. O estado catarinense ficou atrás somente
da Bahia (R$ 4.367,55), Amazonas (R$ 4.199,99), Tocantins (R$ 4.088,05) e Minas
Gerais (R$ 3.651,32). Da região Sul do país, Santa Catarina é o estado que mais
teve custo médio mensal com presos.
Veja o ranking abaixo
- BA –
R$ 4.367,55
- AM –
R$ 4.199,99
- TO –
R$ 4.088,05
- MG –
R$ 3.651,32
- SC –
R$ 3.393,69
- CE –
R$ 3.382,80
- AP –
R$ 3.367,71
- MA –
R$ 3.009,59
- PI –
R$ 2.922,60
- RO –
R$ 2.838,14
- DF –
R$ 2.785,83
- SE –
R$ 2.706,70
- AC –
R$ 2.609,71
- GO –
R$ 2.227,14
- RS –
R$ 2.189,41
- SP –
R$ 2.185,18
- AL –
R$ 2.165,29
- RR –
R$ 2.101,69
- RN –
R$ 2.037,47
- PB –
R$ 1.957,88
- PA –
R$ 2.355,71
- MS –
R$ 2.050,76
- PE –
R$ 1.387,45
- PR –
R$ 1.493,90
- RJ –
R$ 1.792,26
- ES –
R$ 1.105,14
Despesas
As despesas são divididas entre gastos com pessoal, que
incluem salários do órgão da administração prisional, salários de outros órgãos
da administração prisional, prestadores de serviço, material de expediente e
estágio remunerado de estudantes. Para esse tipo de despesa, foram destinados
R$ 233.979.558,46.
Outras formas de despesas incluem tarifas de água, luz,
telefone, lixo e esgoto, alimentação, aluguéis e aquisição de veículos e
equipamentos, atividades laborais e educacionais, e colchões, uniformes, roupas
de cama e banho. Além desses, também são considerados gastos a manutenção de
equipamentos de informática e segurança, manutenção dos prédios, material de
escritório e higiene pessoal, material de limpeza, recursos para assistência à
saúde do preso, e transportes, inclusive para o deslocamento de presos.
A alimentação foi o que mais custou em 2024, representando
44,7% dos gastos, com R$ 28.587.887.67. Em seguida, vem a categoria de água,
luz, telefone, lixo e esgoto, com R$ 14.206.583,59. Para completar o top 3, a
categoria de colchões, uniformes, e roupas de cama e banho vem em seguida, com
R$ 7.525.221.98.
Penitenciárias
A Penitenciária de Florianópolis, localizada no bairro
Agronômica, foi a que mais gastou, em média, em relação às unidades prisionais.
Foram R$ 15.780.665,02 destinados aos 4.650 presos.
Em seguida, a Penitenciária Masculina de Itajaí teve R$
14.589.479,33 em despesas, com 4.299 presos. Já o Presídio Regional de
Joinville teve como valor médio R$ 13.870.016,76, com uma população prisional
de 4.087.
A reportagem do NSC Total entrou em contato com a Secretaria
de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) para comentar o
levantamento, mas o órgão não se manifestou até o fechamento dessa reportagem.
O espaço está aberto.