um dos medicamentos mais caros - 17/05/2025 09:14 (atualizado em 17/05/2025 09:32)

SUS realiza primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de R$ 7 milhões para crianças com AME

Expectativa é atender 137 crianças com a condição rara em dois anos
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Bebê que recebeu a terapia no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF) - Foto: Igor Evangelista/MS

O Governo Federal viabilizou, na rede pública de saúde, as primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de altíssimo custo utilizado no tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME). Essa é a primeira terapia gênica incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Duas bebês, com menos de seis meses de vida, receberam a terapia simultaneamente na quarta-feira (14), no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF), e no Hospital Maria Lucinda, em Recife (PE).

O zolgensma é considerado um dos medicamentos mais caros do mundo, com custo médio de R$ 7 milhões por dose única. O fornecimento gratuito no SUS foi possível graças a um modelo inovador de Acordo de Compartilhamento de Risco, firmado entre o Governo Federal e a fabricante. O acordo realizado estabelece que o pagamento só será feito se o tratamento for eficaz, o que garantiu ao Brasil o menor preço lista do mundo.

Millena Brito, mãe da bebê que recebeu a infusão em Brasília (DF), descobriu o diagnóstico de AME aos 13 dias de vida da filha. Para ela, o tratamento oferecido pelo SUS foi o melhor presente que poderia receber. "É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente", afirmou Millena, emocionada.

Com a garantia do acesso ao medicamento, as crianças poderão ter ganhos motores significativos, como a capacidade de engolir e mastigar, sustentar o tronco e sentar-se sem apoio. A expectativa do Governo Federal é atender 137 pacientes nos primeiros dois anos, impactando diretamente na qualidade de vida. Atualmente, um total de 15 pedidos foram protocolados para acesso ao medicamento no SUS e estão sendo encaminhados, começando por estes dois atendimentos.

O medicamento é indicado exclusivamente a crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade, que não dependem de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas por dia. 

Embora a AME não tenha cura, as terapias disponíveis ajudam a estabilizar sua progressão. Além do zolgensma, de dose única, o SUS oferece nusinersena e risdiplam, de uso contínuo, que atuam para evitar a progressão da doença. Sem essas intervenções, essas crianças enfrentam alto risco de morte antes dos dois anos de idade. Quem recebe o zolgensma não precisa receber outra terapia para AME.
 

COMO TER ACESSO 

As famílias devem procurar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS. Um médico realizará a avaliação clínica da criança e, caso os critérios de elegibilidade sejam atendidos, o processo de solicitação da terapia será iniciado.

Dos 36 serviços, 31 já estão aptos a realizar a infusão da terapia gênica — sendo 22 já habilitados e nove em fase de capacitação. Os serviços estão disponíveis em Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.

Nos estados que ainda não contam com serviços habilitados para a infusão, o acordo garante, além do medicamento, o custeio de passagens e hospedagem para o paciente e um familiar responsável. 

Confira a lista de cidades:

AL - Maceió: Hospital da Criança
BA - Bahia: Hospital Martagão Gesteira
CE - Fortaleza: Hospital Infantil Alberto Sabin
DF - Brasília: Hospital da Criança de Brasília José Alencar
ES - Vitória: Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória
GO - Goiânia: CRER Goiânia
MG - Belo Horizonte: Hospital João Paulo II
MG - Juiz de Fora: Hospital Universitário Juiz de Fora
MG - Belo Horizonte: Hospital da UFMG
MG - Uberlândia: HC Universidade Federal de Uberlândia
MT - Cuiabá: Santa Casa
PA - Belém: Hospital Universitário Bettina Ferro
PB - Campina Grande: Hospital Universitário Alcides Carneiro
PE - Recife: IMIP
PE - Recife: Hospital Maria Lucinda
PI - Teresina: Hospital Infantil Lucídio Portela
PR - Curitiba: Complexo do Hospital das Clínicas da UFPR HC e MVFA
PR - Curitiba: Hospital Pequeno Príncipe
PR - Curitiba: Hospital Erasto Gaertner
PR - Campina Grande do Sul: Hospital Angelina Caron
RJ - Rio de Janeiro: Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG)
RJ - Rio de Janeiro: Hospital Universitário Pedro Ernesto
RN - Natal: Hospital Onofre Lopes
RS - Porto Alegre: Hospital das Clínicas
SC - Florianópolis: Hospital Joana de Gusmão
SP - Campinas: Hospital da UNICAMP
SP - Ribeirão Preto: HC Ribeirão Preto
SP - São José do Rio Preto: Hospital de Base de São José do Rio Preto
SP - São Paulo: HC São Paulo
SP - Botucatu: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)
SP - Taubaté: Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...