GAECO - 23/05/2025 10:52

GAECO apreende R$ 24 mil e documentos em nova fase de investigação sobre corrupção na fronteira

Mandados foram cumpridos em Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC); suspeito pagava propina a policiais militares para evitar apreensões de mercadorias ilegais
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Foto: Jornal da Fronteira / Divulgação

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) a segunda fase da Operação Mensageiro, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e um mandado de busca pessoal.

Foto: Jornal da Fronteira / Divulgação

A ação tem como alvo um homem suspeito de pagar propina regularmente a dois policiais militares, já investigados na primeira etapa da operação, que apura crimes como associação criminosa, corrupção passiva, peculato e prevaricação no Pelotão de Barracão (PR).

As ordens judiciais foram autorizadas pela Auditoria da Justiça Militar e cumpridas nos municípios de Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC), com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina.

Durante as buscas, os agentes apreenderam cerca de R$ 24 mil em espécie, diversos documentos e equipamentos eletrônicos, que serão submetidos à perícia para aprofundamento das investigações.

Segundo o promotor de Justiça Rodrigo, o alvo desta fase seria um dos principais operadores do contrabando e descaminho na região de fronteira entre o Brasil e a Argentina, e teria pago rotineiramente propina aos policiais investigados na primeira fase, em troca de proteção e informações privilegiadas.

“O homem é um dos criminosos da região fronteiriça que pagava propina para que os policiais de Barracão não atuassem e não apreendessem suas mercadorias ilegais”, destacou o promotor.

Foto: Jornal da Fronteira / Divulgação

Ainda conforme o MP, a deflagração da nova etapa foi motivada pela análise de celulares apreendidos na primeira fase da operação, realizada em 15 de maio. Parte do conteúdo já foi periciado, revelando novas conexões no esquema criminoso.

As investigações, iniciadas em 2024, apontam que os policiais, juntamente com empresários e outros civis, formaram uma rede de extorsão sistemática, cobrando valores de envolvidos com contrabando. Aqueles que pagavam não tinham suas cargas apreendidas e eram avisados sobre possíveis ações policiais na região.

Há ainda indícios de que, em algumas apreensões feitas oficialmente, parte dos produtos era desviada pelos próprios agentes para fins pessoais.

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Fonte: Eduardo Oliveira / WH Comunicações com informações do Jornal Da Fronteira
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