SÃO MIGUEL DO OESTE - 24/05/2025 12:57

Audiência pública debate obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 em crianças em São Miguel do Oeste

Encontro foi proposto pela vereadora Cris Zanatta (PSDB) e teve participação de pais, especialistas e autoridades. Assunto gerou manifestações contrárias à obrigatoriedade da imunização infantil.
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Foto: ASCOM / Divulgação
A Câmara Municipal de São Miguel do Oeste realizou na noite desta sexta-feira (23) uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças. O evento, proposto pela vereadora Cris Zanatta (PSDB), foi realizado no plenário do Legislativo e contou com a participação de pais, especialistas e autoridades locais.

Durante a abertura, a vereadora destacou que o objetivo era promover um debate democrático sobre um tema de saúde pública. Ela mencionou o impacto positivo de vacinas históricas, como as contra poliomielite e meningite, mas afirmou que a vacinação contra a Covid-19 em crianças tem gerado dúvidas entre os pais. Zanatta lamentou a ausência de autoridades convidadas, como representantes do Judiciário, da saúde pública, além de deputados e senadores.

Foto: ASCOM / Divulgação

Manifestações diversas

A maior parte das manifestações durante a audiência foi contrária à obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças, especialmente no que diz respeito à inclusão do imunizante no Plano Nacional de Imunização (PNI).

  • Antonio Ortiz, representante de um grupo de pais, afirmou que não são contrários à vacina, mas sim à obrigatoriedade.

  • John Kage, também convidado pelos pais, disse que crianças com menos de cinco anos não integram grupo de risco para a Covid-19 e alegou preocupação com possíveis efeitos colaterais do imunizante.

  • A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) participou de forma remota e questionou a legalidade da inclusão da vacina no PNI por meio de nota técnica, afirmando que tal medida não poderia ser revogada por decreto legislativo.

  • A advogada Adriana Marra argumentou que a vacinação obrigatória infringe o princípio do consentimento e se referiu à vacina como um “experimento”.

  • A médica psiquiatra Akemi Shiba, em participação remota, questionou os critérios de aprovação e o tempo reduzido de liberação da vacina.

Posicionamento das autoridades locais

Durante a audiência, o secretário municipal de Educação, Vamilson D’Espíndola, esclareceu que não há obrigatoriedade de vacinação nas escolas, sendo apenas exigida a conferência da regularidade do esquema vacinal. Já Adriana Marra orientou os pais a ajuizar ações contra autoridades públicas que exigirem o comprovante da vacinação contra a Covid-19.

Foto: ASCOM / Divulgação

Encaminhamentos

A vereadora Cris Zanatta anunciou que encaminhará o resultado da audiência ao Ministério da Saúde e a parlamentares federais, solicitando a abertura de um diálogo baseado em consenso científico. O presidente da Câmara, Ravier Centenaro, afirmou que o Legislativo municipal não tem competência para alterar a legislação federal ou o Plano Nacional de Imunização, mas reforçou que o papel da Casa em promover o debate foi cumprido.

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Fonte: Eduardo Oliveira / WH Comunicações com informações da ASCOM Câmara de Vereadores
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