ECONOMIA - 11/07/2025 14:39 (atualizado em 11/07/2025 14:43)

Importadores dos EUA cancelam contratos de compra de móveis de SC com alíquota de 50%

Empresário diz não ver luz no "fundo do poço" e que entidades cogitam solicitar ajuda ao ex-presidente Jair Bolsonaro, para que proponha uma redução da alíquota a Donald Trump
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Foto: Divulgação 

A indústria madeireira de Santa Catarina, que engloba os setores de móveis e madeiras, já está sentindo o forte impacto do aumento de tarifas de 50% anunciado na última quarta-feira (09) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Arnaldo Huebl, vice-presidente para o Planalto Norte da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), todos os contratos com entregas previstas a partir de 25 de julho estão sendo cancelados ou suspensos.

Huebl, que atua no setor há décadas, descreveu a situação como inédita. "Todos os pedidos que podem sofrer imposto de importação de 50% estão sendo cancelados ou têm produção suspensa até 2ª ordem. Os clientes nos Estados Unidos estão informando que não vão pagar 50% porque não terão como vender esses produtos com esse reajuste de preços", afirmou. Ele lamenta que, diferente de outras crises, "não estamos vendo luz no fundo do poço".

O empresário relatou ter conversado com outros segmentos de produtos de madeira exportadores para os EUA, que confirmaram enfrentar a mesma paralisação.

Empresas buscam recuperação judicial

Diante do cenário crítico, empresas desses setores já estão procurando escritórios de advocacia especializados em recuperação judicial. Tullo Cavallazzi Filho, sócio do escritório Cavallazzi, Andrey, Restanho & Araujo Advocacia, explicou que a situação se agravou exponencialmente.

"Os advogados estão sendo procurados no estado todo por empresas exportadoras que têm grandes ou pequenos negócios com os Estados Unidos para solucionar juridicamente o impacto financeiro que começam a enfrentar. Se eles estão tendo vendas canceladas, propostas postergadas, as obrigações deles aqui no Brasil a serem pagas com bancos, com fornecedores, também vão atrasar. Então, por isso, alguns já estão perguntando sobre a recuperação judicial, como é que eles podem procurar o Poder Judiciário para eles terem, eu diria assim, um socorro jurídico para esse impacto", detalhou Cavallazzi.
Fonte: NSC Total
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