
A Polícia Civil de Santa Catarina lançou nesta quinta-feira (14) um conjunto de cinco cartilhas do Programa PC Por Elas, voltadas ao combate à violência doméstica no estado. A cerimônia aconteceu na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Florianópolis, com a presença da vice-governadora Marilisa Boehm, do delegado-geral Ulisses Gabriel, da coordenadora das DPCAMIs, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, e da diretora do Procon, Michele Alves Correa Rebelo.

O material integra o ciclo 2024/2025 do Plano Estratégico da Polícia Civil e aborda temas como: passo a passo para realização de grupos reflexivos com homens autores de violência doméstica e com mulheres em situação de violência; ações preventivas com adolescentes em escolas; implantação e identidade visual das Salas Lilás; e organização do seminário PC Por Elas.
Vice-governadora e pioneira no combate à violência contra a mulher em Santa Catarina, Marilisa Boehm destacou a relevância do material. “O combate à violência contra a mulher vai se tornar uma realidade, porque nós temos aqui essas cartilhas. Basta ler e aplicar em cada município. O problema da violência doméstica é cultural, é comportamento, e a pessoa só muda quando se conscientiza que precisa mudar”, afirmou.
Criado em 2018 pela delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila e pelo psicólogo policial civil Antônio de Brito, o PC Por Elas é um programa abrangente, que envolve prevenção, acolhimento, investigação, apoio à pesquisa, capacitação permanente de policiais e melhoria da estrutura de atendimento.
As novas cartilhas visam padronizar procedimentos, capacitar tecnicamente os policiais e estruturar as unidades especializadas, promovendo um atendimento mais humanizado às vítimas. Entre as iniciativas preventivas estão grupos reflexivos, palestras comunitárias e ações educativas nas escolas. Também foi definida a padronização das Salas Lilás em todas as delegacias.
O delegado-geral Ulisses Gabriel ressaltou o objetivo prático da iniciativa: “Quando montei minha equipe, sonhei em tirar do papel projetos que mudem a vida das pessoas. Esse é o nosso propósito”.A elaboração contou com a participação de agentes, escrivães, psicólogos e delegados. Para a coordenadora Patrícia Zimmermann, o envolvimento da equipe é essencial: “Cada policial que abraça este programa e traz novas iniciativas faz o PC Por Elas florescer”.
