- 07/09/2025 13:48

Brasil registra um paciente com sintomas de envenenamento a cada 2 horas

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Foto: Agencia Brasil / Divulgação 
O SUS (Sistema Único de Saúde) registrou 45.511 atendimentos de emergência por envenenamento que evoluíram para internação ou óbito nos últimos 10 anos. O dado alarmante faz parte de um levantamento da Abramede (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) que reforça a urgência do problema no Brasil.

O estudo, que analisou o período de 2009 a 2024, mostra que a média anual de atendimentos foi de 4.551 casos, o que equivale a 12,6 por dia. Isso significa que, a cada duas horas, uma pessoa deu entrada em um pronto-socorro da rede pública por ingestão de substâncias tóxicas ou reações graves.

Intoxicações intencionais e casos de repercussão

Dos casos totais, 3.461 internações foram por intoxicação proposital causada por terceiros. A presidente da Abramede, Camila Lunardi, destacou que o fenômeno é "alarmante" e que muitos desses episódios não são acidentais, mas sim intencionais, com motivações familiares ou emocionais.

A médica lembrou de casos de grande repercussão, como o bolo envenenado que matou quatro pessoas em Torres (RS) no final de 2024 e a ceia de Réveillon que deixou cinco mortos em Parnaíba (PI) neste ano.

A emergencista Juliana Sartorelo ressaltou que a prioridade no atendimento é garantir o suporte de vida do paciente. Ela também destacou que muitos casos poderiam ser evitados com maior fiscalização de substâncias e políticas de suporte socioemocional para populações vulneráveis.

Crescimento nos últimos anos e perfil das vítimas

Os números da Abramede revelam um crescimento expressivo nos últimos anos. Após uma queda entre 2015 e 2021, os registros de envenenamento atingiram os maiores picos em 2023 (5.523 casos) e 2024 (5.560).

Entre as causas acidentais, os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios lideram a lista, seguidos por pesticidas, álcool e sedativos. A distribuição geográfica mostra que o Sudeste concentrou quase metade dos atendimentos, com São Paulo (10.161) e Minas Gerais (6.154) à frente.

O perfil das vítimas aponta para a predominância de homens (23.796 registros) e o maior índice de casos entre adultos jovens (20 a 29 anos) e crianças de 1 a 4 anos.
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