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Santa Catarina registrou 8.418 mortes por doenças cardiovasculares entre janeiro e 2 de setembro deste ano, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde (SES), com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Do total, 1.806 mortes foram causadas por infarto agudo do miocárdio e 697 por Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Em 2024, o Estado contabilizou 13.967 óbitos relacionados a problemas cardiovasculares, sendo 3.023 por infarto e 1.243 por AVC. Nos dois anos, o infarto aparece como a principal causa de morte nesse grupo de doenças em SC.
Cenário mundial
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, cerca de 19,8 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares no mundo — o equivalente a 32% de todas as mortes globais. Dessas, 85% foram causadas por infarto e AVC, principalmente em países de baixa e média renda.
Importância da capacitação médica
Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da Organização Nacional de Acreditação (ONA), reforça a necessidade de equipes médicas estarem preparadas:
“É importante que as instituições capacitem frequentemente suas equipes multidisciplinares para que possam reconhecer os principais sintomas e sinais de infarto ou AVC, agir com rapidez e segurança e evitar falhas de comunicação entre os profissionais atuantes.”
Sinais de alerta
De acordo com a SES, os principais sintomas que podem indicar um ataque cardíaco são:
Dor no peito, braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas;
Falta de ar ou dificuldade para respirar;
Náusea, vômito, tontura ou desmaio;
Suor frio, palidez;
Inchaço em pernas, tornozelos e pés;
Pressão alta.
Prevenção
Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e controlar o estresse são medidas essenciais para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. O diagnóstico precoce e intervenções rápidas também aumentam as chances de recuperação.
Atendimento pelo SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral e gratuito para prevenção, diagnóstico e tratamento. Nas Unidades Básicas de Saúde, são realizados acompanhamentos e monitoramento de fatores de risco, como hipertensão e diabetes.
Nos casos confirmados, o paciente pode ser encaminhado para a Atenção Especializada, onde tem acesso a exames, consultas e até procedimentos cirúrgicos. Atualmente, o Brasil conta com mais de 300 centros de alta complexidade cardiovascular.