Segundo a Fecomércio SC (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina), os dados mostram um aumento de 1,4 ponto percentual em relação a agosto. Em setembro de 2024, o estado tinha 22,6% das famílias inadimplentes.
“A Selic está na casa dos dois dígitos há quase quatro anos. E a perspectiva de queda é apenas para o ano que vem. Esse contexto tem castigado as famílias, com muitas delas não conseguindo honrar seus compromissos”, comentou.
O percentual de famílias catarinenses que não têm condição de pagar as contas em atraso chegou a 9,7% em setembro. Já o endividamento, que mede a disposição em realizar compras parceladas ou financiamentos, chegou a 70,5%, uma queda de um ponto percentual.
Importância da educação financeira para lidar com juros altos
“Quando as crianças têm contato com o tema desde cedo, elas desenvolvem uma relação mais consciente com o dinheiro. Entendem que cada escolha tem um impacto e aprendem a planejar, mesmo que de forma simples”, afirmou.
“Em vez de simplesmente dar um presente, os pais podem combinar um orçamento, pesquisar preços juntos ou até incentivar a criança a poupar parte da mesada para algo que ela deseja muito”, destacou.
Confira dicas de Pedroso para praticar a educação financeira com as crianças:
- Comece pelo exemplo: Crianças aprendem observando. Se os pais demonstram organização e controle nos gastos, isso naturalmente influencia o comportamento dos filhos.
- Mesada como ferramenta de aprendizado: Mais do que um valor simbólico, a mesada ensina a administrar recursos, lidar com limites e fazer escolhas.
- Explique o valor do trabalho e do dinheiro: Mostrar que o dinheiro é resultado de esforço e tempo ajuda a criar consciência sobre consumo.
“Educar financeiramente uma criança é plantar um futuro mais equilibrado. Quanto antes o tema for tratado, mais chances ela terá de se tornar um adulto que faz escolhas conscientes e evita o endividamento”, finalizou Marcelo Pedroso.