A PF (Polícia Federal) prendeu um grupo de oito pessoas, nesse domingo (19), em Juíz de Fora (MG), em uma operação que envolveu o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), e desmantelou um complexo esquema de fraude em concursos de residência médica.
A Operação R1 descobriu um vasto esquema de fraude em concursos em todo país, durante a fiscalização do ENAMED (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica), nesse domingo.
A fraude consistia na transmissão das respostas para candidatos através de ponto eletrônico. Outra opção era o uso de "laranjas", ou seja, pessoas que assumiam identidades de outras para realização da prova.
Segundo as investigações, cada candidato pagaria R$ 140 mil, caso fosse aprovado.
O nome da operação foi batizado como R1 em referência a nomenclatura usada no primeiro ano em que o médico atua como residente, focando na aquisição de habilidades básicas.
Operação e prisões
Vinte e quatro agentes federais atuaram para cumprir mandados de busca e prisões. O grupo principal que operava a fraude foi preso em um hotel, em Juíz de Fora (MG). No local, três homens foram presos em flagrante, com equipamentos de transmissão que seriam usados na fraude.
Além dos operadores da "cola", os agentes prenderam outras cinco pessoas, sendo quatro homens e uma mulher, também envolvidos na fraude. Um dos candidatos suspeitos foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Após a coleta de depoimentos e a realização dos exames de corpo de delito, os detidos foram levados ao sistema penitenciário, onde ficarão sob a supervisão da Justiça.
Os suspeitos poderão ser responsabilizados pelos delitos de fraude em concursos de interesse público, organização criminosa e falsidade ideológica.
