
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (10) a suspensão imediata do inquérito da PCRJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro) contra as famílias que retiraram corpos na mata após a megaoperação no Rio, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha.
No âmbito da ADPF das Favelas (ADPF 635), Moraes deu o prazo de 48 horas para que o delegado responsável pelo inquérito forneça explicações.
Segundo informações do UOL, a 22ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro afirma que “não se trata de investigação contra familiares de mortos, mas de ordens de líderes da facção criminosa para tentar ocultar os vínculos dos mortos com a organização”.
Corpos foram retirados da mata após megaoperação no Rio
No mesmo dia, durante uma coletiva, o secretário estadual da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a retirada dos corpos da mata representaria “fraude processual”, alegando que eles teriam sido manipulados após a megaoperação no Rio.
“Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos. Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento – como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa. Temos imagens que mostram pessoas retirando esses criminosos da mata e os colocando em vias públicas, despindo-os”, disse Curi.
STF determina uma série de providências ao governo do RJ

Cópias de todos os laudos necroscópicos elaborados, incluindo registros fotográficos e coleta de projéteis.
Detalhes sobre as demais ações realizadas durante a megaoperação.
Ainda, de acordo com a Agência Brasil, Moraes determinou que a Polícia Militar e a Polícia Civil do Rio de Janeiro preservem todas as imagens captadas pelas câmeras corporais dos agentes que participaram da megaoperação no Rio.

