
Na tarde desta terça-feira (11), a Delegacia de Polícia da Comarca de Maravilha concluiu um inquérito policial que apurava o descarte irregular de materiais hospitalares em lixo comum, nas proximidades de uma escola do município.
A investigação teve início após dois garis se ferirem com agulhas descartadas de forma incorreta durante a coleta do lixo seletivo. Os trabalhadores relataram o ocorrido às autoridades competentes, e, devido ao risco de contaminação, precisaram receber atendimento médico profilático. A partir da comunicação dos fatos, a Polícia Civil instaurou o inquérito e realizou diligências e oitivas de diversas testemunhas, o que possibilitou a identificação da responsável pelo descarte.
Conforme apurado, os materiais – seringas e agulhas – eram utilizados nas aulas práticas de um instituto de treinamento de profissionais da área de enfermagem, sediado em Maravilha. A responsável pelo local, uma mulher de 40 anos, foi identificada como autora do descarte irregular. Verificou-se que o instituto não possuía convênio com empresa especializada para a coleta e destinação de resíduos perigosos, o que configura infração grave à legislação ambiental e sanitária.
A investigada foi indiciada pelo crime previsto no artigo 56, §1º, inciso I, da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), cuja pena pode chegar a até 4 anos de reclusão, além de multa.

Diante do trabalho de investigação, a Polícia Civil reforçou que o descarte de materiais perfurocortantes, como seringas e agulhas, deve seguir regras específicas e jamais ser feito no lixo comum. "Esse tipo de resíduo representa risco real à saúde pública e exige o envolvimento de empresas especializadas para a coleta e destinação correta, conforme prevê a legislação ambiental e sanitária vigente. A atuação da Polícia Civil de Maravilha demonstra o compromisso com a segurança da comunidade e a preservação do meio ambiente, destacando a importância da conscientização e responsabilidade no descarte de resíduos", destacou o Delegado João Miotto.

