
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a 3ª fase da Operação Fake Agents, que apura um esquema de desvio de aproximadamente R$ 7 milhões do FGTS de jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores. Segundo a PF, o grupo criminoso era liderado por uma advogada que tinha contatos dentro de agências bancárias responsáveis por autorizar os saques irregulares.
Entre as vítimas estão nomes de destaque do futebol brasileiro e internacional, como Gabriel Jesus, Ramires, Paulo Roberto Falcão, Obina, Titi, Raniel, Christian Cueva, João Rojas e Alejandro Donatti.Mandados no Rio de Janeiro
Nesta fase da operação, agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, três deles em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal e outro em uma agência da instituição, localizada no Centro da cidade.
De acordo com as investigações, a advogada responsável pelo esquema teve sua carteira da OAB suspensa após ser identificada como coordenadora dos saques fraudulentos. Ela utilizava documentos falsos e contas bancárias abertas em nome das vítimas para movimentar os valores desviados.
Como funcionava o golpe
A fraude começou a ser investigada após um banco privado identificar uma conta aberta com documentação falsa em nome de um jogador peruano. Em 2024, o SBT News revelou que a vítima era Paolo Guerrero, ex-Corinthians e Flamengo, que teve cerca de R$ 2,2 milhões retirados indevidamente de sua conta do FGTS.A partir desse caso, a PF descobriu uma rede criminosa que usava dados pessoais de atletas para solicitar saques irregulares do FGTS. Os investigados devem responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, podendo ser enquadrados em outras infrações conforme o avanço das apurações.
A ação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) da Polícia Federal no Rio de Janeiro, com apoio da área de Inteligência e Segurança da Caixa Econômica Federal.
O que diz a Caixa
Em nota, a Caixa informou que trabalha em conjunto com a Polícia Federal na investigação dos casos. Segundo o banco, todos os clientes prejudicados têm seus valores integralmente restituídos.
Nota da Caixa na íntegra:
A CAIXA mantém uma equipe técnica altamente qualificada, dedicada à identificação e mitigação de vulnerabilidades, além de promover melhorias contínuas em seus mecanismos de segurança, com foco na prevenção de fraudes e na proteção dos dados dos clientes. O banco reforça que atua em parceria com a Polícia Federal e demais órgãos de controle na investigação e repressão a fraudes. Todos os casos identificados são tratados com rigor, e os valores movimentados indevidamente são integralmente restituídos aos clientes“, finaliza.

