
Santa Catarina terá 26 novas delegacias especializadas de combate à violência contra a mulher, confirmou nesta quarta-feira (26) o governador Jorginho Mello (PL), em entrevista coletiva. O decreto de criação das unidades deve ser assinado nos próximos dias, ampliando a estrutura de atendimento e proteção às vítimas em todas as regiões do estado.
A iniciativa integra um pacote de ações voltadas ao enfrentamento da violência de gênero e reforça a política estadual de segurança pública voltada às mulheres. Em novembro deste ano, ao menos nove mulheres morreram em decorrência do gênero. O mais recente foi o de Catarina Kasten, em Florianópolis.
Violência contra a mulher X Catarina por Elas
Durante o anúncio, o governo também lançou o programa Catarinas por Elas, que reúne ações integradas de prevenção, acolhimento e apoio a meninas e mulheres em situação de violência.“A criação dessas delegacias e o novo programa são passos decisivos para fortalecer a rede de proteção. É um ato que reafirma o compromisso que temos com todas as mulheres catarinenses e aquelas que escolheram Santa Catarina para viver”, destacou a vice-governadora Marilisa Boehm durante o lançamento.
As novas delegacias deverão reforçar o atendimento especializado, oferecer equipes preparadas para acolhimento humanizado e facilitar o acesso das vítimas aos serviços da rede de proteção. Os detalhes sobre a implantação das unidades e os municípios contemplados serão divulgados.
Violência contra a mulher cresce em Santa Catarina
O anúncio das novas delegacias ocorre em meio aos casos de feminicídio em Santa Catarina, que cresceram de forma expressiva ao longo do mês de novembro. Conforme levantamento feito pelo portal ND Mais, ao menos nove mulheres morreram vítimas de violência de gênero no estado.
O caso mais recente aconteceu na sexta-feira (21), quando a estudante de mestrado da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Catarina Kasten, foi vítima de violência sexual e morta enquanto andava na trilha do Matadeiro, em Florianópolis.

