Vacina da Janssen contra a Covid-19 – Foto: Secom/SC/Divulgação
Quase 32 milhões de doses da vacina da Janssen estão paradas no Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Esse montante representa 77% da entrega feita pela farmacêutica, somada a outros 3 milhões de unidades doadas pelos Estados Unidos. Foram distribuídas apenas 9,2 milhões de doses aos Estados até o momento. As informações são do R7.
Segundo o Ministério da Saúde, os Estados solicitaram a suspensão do envio da Janssen, “devido à saturação da rede de frio local”. O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) afirmou que desconhece “qualquer solicitação dos estados pela distribuição de determinado fabricante em detrimento a outro”.
As vacinas da Janssen não têm registro definitivo e só podem ser usadas no Brasil durante a pandemia. O imunizante é administrado em dose única e não é autorizado para aplicação em crianças e adolescentes, faixa etária com a menor cobertura vacinal até o momento.
O Conass ressaltou ainda que é “importante acrescentar que a maior parte das vacinas em utilização no momento é destinada para doses de reforço, para as quais foi recomendada pelo PNO a utilização preferencial de vacinas de RNA mensageiro”.
Reforço
A farmacêutica solicitou que o reforço seja feito com mais uma dose da própria vacina. Ao aprovar o pedido, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que fosse seguido esquema homólogo, mas o ministério decidiu continuar priorizando o reforço com a Pfizer.
Com mais de 90% da população adulta já imunizada no país, e sem previsão de servir como dose de reforço, as vacinas podem ser esquecidas nos estoques do ministério.
Os imunizantes possuem prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação e são congelados em temperatura entre -25 °C e -15 °C.
Quando descongelados, eles precisam permanecer entre 2°C e 8°C por até seis meses. Após a abertura e a retirada da primeira dose, o frasco pode ser conservado por até seis horas.