O médico anestesista preso por estupro de uma paciente sedada durante cesárea, foi recebido a gritos e xingamentos por outros detentos do presídio de Bangu 8, no Complexo Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O criminoso foi transferido ao local após audiência de custódia para cumprir sua prisão preventiva, na noite desta terça-feira (12).
Segundo o portal Metrópoles, quando chegou ao local, os detentos do presídio de Bangu 8 começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar ele, que, por questões de segurança, foi colocado em uma carceragem especial e individual.
Dentro das cadeias, determinados crimes não são bem aceitos por outros presos, necessitando, por exemplo, que o criminoso permaneça em cela isolada.
Conforme apurado pelo portal, a madrugada no presídio foi tranquila. Na manhã desta quarta-feira (13), Giovanni tomou o mesmo café que outros detentos e em momento algum foi visto chorando, permanecendo calado durante todo o tempo na frente dos policiais penais.
Prisão
O médico anestesista foi preso em flagrante na madrugada da última segunda-feira (11), no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense do Rio. Ele é acusado de estupro de vulnerável, e foi gravado abusando sexualmente de uma paciente sedada, em trabalho de parto.
Na audiência de custódia, na tarde da terça-feira (12), a juíza Rachel Assad decretou a prisão preventiva sem tempo determinado.
Na decisão, a juíza chama a atenção para a gravidade do ato praticado pelo médico, que sequer se importou com a presença de outros profissionais ao seu lado, na sala de cirurgia.
Rachel Assad ressalta a brutalidade e a crueldade da ação, demonstrando o “mais completo desprezo” do anestesista pela “dignidade da mulher, pela ética médica e pelo compromisso profissional”.
Polícia investiga possíveis outros estupros
A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, Bárbara Lomba, responsável pelo inquérito que apura os crimes cometidos pelo anestesista, disse que o criminoso pode ter abusado de mais pacientes do Hospital.
A polícia investiga seis casos de estupro que teriam sido cometidos pelo mesmo: três referentes ao dia 10, incluindo o que levou à prisão, e outros três de mães que procuraram a delegacia após a repercussão do caso.
Segundo a polícia, os crimes ocorriam após os partos, na hora em que os médicos estavam suturando as pacientes.
