Os golpes provocados pelas chamadas “drogas do estupro” podem causar graves sequelas emocionais e físicas nas vítimas. Desde o mais conhecido “boa noite, Cinderela”, em que substâncias são colocadas em bebidas com o objetivo de dopar, até as supostas intoxicações por gás em carros de aplicativos, mulheres geralmente são as maiores vítimas deste tipo de crime.
“É imprescindível informar a sociedade sobre os efeitos emocionais e físicos que esses medicamentos podem causar, além de reforçar a importância dessas drogas serem sempre vendidas com receita e com muito critério”, destaca Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro, negócio social que tem como objetivo ampliar o acesso da população à saúde.
Em doses elevadas, o GHD (gama-hidroxibutirato), por exemplo, provoca perda da consciência, depressão respiratória, queda dos batimentos cardíacos, podendo levar ao coma e até à morte. A cetamina, também em altas doses, pode causar distúrbios de fala e visuais, amnésia e vômitos.
“Para mudar o cenário de aumento de crimes por drogas de estupro no Brasil, precisamos que algumas medidas sejam tomadas”, afirma Carolina Cohen. “Informação é o primeiro passo para prevenção. Desta forma, os bares e casas noturnas também podem ajudar na prevenção desses crimes”.
Outra medida proposta é que medicamentos usados em golpes como estes tenham cor, gosto e cheiro. Estas drogas, em geral, são transparentes, inodoras e não tem gosto. Isso faz com que a vítima as ingira sem percebê-las.
A campanha também divulga um manifesto que solicita mudanças importantes para a diminuição desses crimes no Brasil, que pode ser acessado e assinado pela população em https://www.acordacinderela.com.br/assine-o-manifesto